A Polícia Civil informou, na noite desta terça (3), que o médico Cláudio
Amaro Gomes planejou a morte do cirurgião paraibano Artur Eugênio de
Azevedo Pereira, 36 anos. O filho de Cláudio, o bacharel em direito
Cláudio Amaro Gomes Júnior, teria ajudado a tramar o crime e também
participado do sequestro e execução da vítima. As informações foram
repassadas pelo delegado Guilherme Caraciolo, responsável pelo
inquérito. Eles devem responder por sequestro, homicídio duplamente
qualificado, roubo e associação criminosa.
Revólver 38 foi apreendido no carro de Cláudio Júnior (Foto: Pedro Lins / TV Globo) |
Cláudio Gomes foi preso em casa, no bairro de Boa Viagem, e o filho
dele, em um restaurante na Encruzilhada, Zona Norte da capital. Ainda
segundo o delegado, os dois permaneceram em silêncio durante o
depoimento, na Delegacia de Prazeres, em Jaboatão. A dupla teve a prisão
provisória de 30 dias decretada pela Justiça.
Guilherme Caraciolo ressaltou que um revólver calibre 38 sem registro,
apreendido com Cláudio Júnior, passará por perícia no Instituto de
Criminalística (IC), para saber se a arma foi utilizada na execução do
cirurgião. O universitário não apresentava porte de arma. Aos policiais,
ele explicou que estava andando armado porque estaria sofrendo ameaças.
Segundo a Polícia Civil, o bacharel em direito já respondeu a um
processo por porte ilegal de arma, em 1997, na Justiça do Rio de
Janeiro.
A investigação aponta que desavenças profissionais entre Artur Eugênio e
o médico teriam motivado o crime. Cláudio Amaro Gomes é gerente de
assistência à saúde do Hospital das Clínicas (HC), ligado à Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), de onde também é professor de cirurgia
torácica. Ele e o filho foram detidos por policiais da Divisão Sul do
Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Médico Artur de Azevedo assassinado |
Altamiro Fontes, advogado de pai e filho, negou a participação de seus
clientes no crime. "Vamos procurar o Poder Judiciário para mostrar que
essas duas pessoas que estão aqui estão sendo detidas indevidamente, são
inocentes. A prisão temporária é justamente para a polícia fazer as
provas, e essas provas nem sequer foram apresentadas aos advogados que
estão aqui presentes. Vamos colaborar com a polícia e com a justiça para
que a gente possa encontrar os verdadeiros assassinos desse crime
bárbaro e soltar esses inocentes que estão aqui", comentou. Os suspeitos
devem ser encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima,
Grande Recife.
Com G1/PE
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