terça-feira, junho 03, 2014

Médico planejou morte de cirurgião e filho ajudou na execução, diz polícia

 A Polícia Civil informou, na noite desta terça (3), que o médico Cláudio Amaro Gomes planejou a morte do cirurgião paraibano Artur Eugênio de Azevedo Pereira, 36 anos. O filho de Cláudio, o bacharel em direito Cláudio Amaro Gomes Júnior, teria ajudado a tramar o crime e também participado do sequestro e execução da vítima. As informações foram repassadas pelo delegado Guilherme Caraciolo, responsável pelo inquérito. Eles devem responder por sequestro, homicídio duplamente qualificado, roubo e associação criminosa.
Revólver 38 foi apreendido no carro
 de Cláudio Júnior (Foto: Pedro Lins / TV Globo)
 Artur Eugênio foi arrastado por dois homens na entrada do prédio onde morava, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, na noite do dia 12 de maio. O corpo dele foi encontrado com marcas de tiros na manhã seguinte, às margens da BR-101, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana.
 Cláudio Gomes foi preso em casa, no bairro de Boa Viagem, e o filho dele, em um restaurante na Encruzilhada, Zona Norte da capital. Ainda segundo o delegado, os dois permaneceram em silêncio durante o depoimento, na Delegacia de Prazeres, em Jaboatão. A dupla teve a prisão provisória de 30 dias decretada pela Justiça.
 Guilherme Caraciolo ressaltou que um revólver calibre 38 sem registro, apreendido com Cláudio Júnior, passará por perícia no Instituto de Criminalística (IC), para saber se a arma foi utilizada na execução do cirurgião. O universitário não apresentava porte de arma. Aos policiais, ele explicou que estava andando armado porque estaria sofrendo ameaças. Segundo a Polícia Civil, o bacharel em direito já respondeu a um processo por porte ilegal de arma, em 1997, na Justiça do Rio de Janeiro.
 A investigação aponta que desavenças profissionais entre Artur Eugênio e o médico teriam motivado o crime. Cláudio Amaro Gomes é gerente de assistência à saúde do Hospital das Clínicas (HC), ligado à Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), de onde também é professor de cirurgia torácica. Ele e o filho foram detidos por policiais da Divisão Sul do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).
Médico Artur de 
Azevedo assassinado
 Altamiro Fontes, advogado de pai e filho, negou a participação de seus clientes no crime. "Vamos procurar o Poder Judiciário para mostrar que essas duas pessoas que estão aqui estão sendo detidas indevidamente, são inocentes. A prisão temporária é justamente para a polícia fazer as provas, e essas provas nem sequer foram apresentadas aos advogados que estão aqui presentes. Vamos colaborar com a polícia e com a justiça para que a gente possa encontrar os verdadeiros assassinos desse crime bárbaro e soltar esses inocentes que estão aqui", comentou. Os suspeitos devem ser encaminhados ao Centro de Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, Grande Recife.

Com G1/PE

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