O estudante João Vitor Fontes da Silva, de 18 anos, que foi morto a tiros na noite da quarta-feira (1º/06), disse à família que não queria ir para a escola onde aconteceu o crime, segundo informou o pai dele em entrevista à TV Cabo Branco.
“Quando a mãe dele saiu para trabalhar, na noite de ontem, ele disse para ela que não queria ir para o colégio e a mãe dele disse: ‘vá para o colégio, meu filho’”, disse José Carlos Fontes da Silva, pai de João Vitor.
O crime aconteceu dentro da Escola Cidadã Integral Cineasta Linduarte Noronha, em Gramame, em João Pessoa.Segundo a Polícia Militar, o suspeito estava mascarado quando pulou o muro da escola e entrou em uma sala de aula procurando pela vítima, que conseguiu correr e tentou se esconder em outra sala, antes de ser executado.
José Carlos contou que o filho não tinha envolvimento com crimes e que era querido pelas pessoas do bairro. “Era um menino bom, todo mundo aqui gostava do meu filho. No fim de semana eu levei ele para acompanhar o jogo do Auto Esporte, todo mundo tirou foto com ele, era muito querido”, disse.
O tenente Marcone, da Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, falou que o crime se trata de execução. “Pelo modo que chegaram, pular o muro de um colégio e executar o aluno na sala de aula, é porque alguma coisa tem. Até porque o próprio acusado já sabia o nome do jovem e entrou procurando por ele”, disse o policial.
Nas redes sociais, a última postagem feita por Vitor foi um stories no Instagram, com um texto bíblico onde ele pedia proteção. "senhor, jamais deixe cair, derrame sobre mim a sua luz e esperança e me livre de todo o mal", diz o texto compartilhado pela vítima.
Conforme o pai da vítima, a polícia apreendeu a sandália e a máscara usadas pelo suspeito, e que a escola tem câmeras que podem ter filmado a ação. “Eu não sei o motivo do crime, está em investigação, mas com certeza vamos descobrir quem fez isso”, contou.
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