Jonathan Henrique G. dos Santos, de 23 anos - suspeito de assassinar a jovem Patrícia Roberta, em João Pessoa - vai responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver. O amigo dele, Marcos Melo dos Santos, foi liberado mas também deve responder por esconder o suspeito, que era procurado pela polícia.
Mais informações sobre o caso foram divulgadas nesta quarta-feira (28/04) durante uma coletiva de imprensa com a presença das polícias Civil, Militar e do Corpo de Bombeiros.
Em depoimento, Jonathan preferiu não se pronunciar e só deve falar em juízo. Por enquanto, ele é o único suspeito do crime e a polícia vai investigar se o feminicídio foi premeditado. A audiência de custódia dele deve acontecer ainda nesta quarta-feira.
A causa da morte de Patrícia ainda não foi desvendada. A perícia congelou o corpo da jovem para facilitar a análise, devido ao estado de decomposição. Também foram solicitados exames sexológico e toxicológico. Ainda está sendo analisado o sangue que foi encontrado em fronhas no apartamento de Jonathan.
Também prestou depoimento à polícia, por duas vezes, a namorada de Jonathan, que está grávida dele, com 5 meses de gestação. Segundo o depoimento dela, ele chegou a contar que encontraria com Patrícia na sexta-feira, mas ela garantiu que passou boa parte do fim de semana em Mangabeira com ele.
Portanto, enquanto Patrícia estava presa no apartamento dele Gramame, Jonathan e a namorada estariam em Mangabeira. Ele a teria deixado na casa da mãe dela no domingo à noite, quando a namorada teve o último contato com o suspeito.
A lista com nomes de mulheres que foi encontrada no apartamento de Jonathan segue sob investigação. Entre os nomes, estavam o de Patrícia Roberta e também da namorada dele.
Algumas mulheres fizeram denúncias à polícia sobre comportamento agressivo e abusivo de Jonathan, o que deve ser analisado nas investigações. Segundo a delegada Emília Ferraz, as denúncias são sobre a conduta dele contra pessoas do sexo feminino.
A perícia também deve traçar um perfil psicológico de Jonathan com base em materiais encontrados no apartamento dele, incluindo a lista com nomes de mulheres e "escritos perturbadores", conforme a perita Amanda Melo.
Jonathan tem histórico de cometer atos infracionais análogos aos crimes de furto e ameaça, segundo a polícia.
A polícia segue investigando o caso, inclusive a existência de possíveis cúmplices. O prazo para conclusão do inquérito é de 10 dias, mas a delegada Emília Ferraz adiantou que deve pedir a prorrogação do prazo devido à demora para o resultado dos exames.
Por G1/PB
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