Em novo trecho vazado da delação premeiada da ex-secretária Livânia
Farias são citados os ex-governadores Cássio Cunha Lima, José Maranhão e
Ricardo Coutinho, o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e o atual
governador João Azevêdo. O material foi publicado pelo jornal o Estado de São Paulonesta segunda-feira (13/01).
Além disso, a ex-secretária também revelou que entre os anos de 2013 e
2014, alguns deputados estaduais recebiam pagamentos mensais como forma
de propina. Ela afirmou que os deputados que estariam recebendo para
votar de acordo com o governo eram Antônio Mineral, Branco Mendes, Eva
Gouveia, João Gonçalves, Lindolfo Pires, Márcio Roberto e Tião Gomes.
De acordo com o material divulgado, Livânia foi convocada para uma
reunião com João Azevêdo, que estava acompanhado por Waldson. Nesta
ocasião ficou definido que ela não seria mais a responsável pela
campanha, já que todos sabiam que ela era a responsável por propinas.
Ela declarou ainda que Ricarco Coutinho, Cássio Cunha Lima, Luciano
Cartaxo e José Maranhão tinham conhecimento do que ela fazia em todas as
campanhas eleitorais.
O afastamento de Livânia do comando da campanha também serviria como forma de proteger João Azevêdo.
Em resposta à reportagem, o governador João Azevêdo declarou que as
despesas da pré-campanha e da campanha aconteceram de forma lícita e
trasparente, de modo que se terceiros se valeram desse pretexto para a
prática de ilícitos, eles é que terão de responder. Ele afirma ainda,
através de sua assessoria, que em face das medidas de combate à
corrupção e do afastamento de secretários envolvidos na Operação
Calvário, já se esperava que o governador poderia ser vítima de
retaliação dos que foram afastados.
Da redação
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