O vice-presidente do Senado Cássio Cunha Lima (PSDB) criticou, nesta
sexta-feira (10/11), o ato de Aécio Neves ao destituir Tasso Jereissati da
presidência do partido. Em entrevista à CBN João Pessoa,
o político paraibano se disse surpreso com a decisão e afirmou que "é
preciso que a política brasileira mude radicalmente. E o que o senador
Aécio fez não conta com minha aprovação. É uma decepção atrás da outra".
A fala do parlamentar ocorre um dia após Aécio Neves afastar Jereissati da presidência do PSDB,
na quinta-feira (9/11), e indicar o ex-governador de São Paulo Alberto
Goldman para a presidência interina do partido, que deve se reunir para
eleger novo comandante em um mês. Na quarta-feira (8/11), Tasso havia se lançado candidato à presidência do partido.
O G1 procurou o senador Aécio Neves mas não conseguiu entrar em contato até até a última atualização desta reportagem.
Aécio se licenciou do cargo em maio, após as delações da JBS. Desde então, o PSDB tem sido comandado de maneira interina pelo senador Tasso Jereissati.
O senador Cássio Cunha Lima também destacou haver um distanciamento
tucano do presidente Michel Temer e de "práticas antigas da política",
assegurando que "pelo menos o PSDB tem sido o único partido que tem
feito autocrítica e que já pediu humildemente desculpas à opinião
pública pelos erros cometidos pelo sistema político brasileiro".
Conflito interno no PSDB
O
presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, defendeu nesta
quinta-feira (9/11) unidade dentro da legenda e afirmou que qualquer
“conflito interno” não ajuda. O ex-governador de São Paulo disse
ainda que o futuro da sigla deve se sobrepor a “desejos pessoais”.
Goldman assumiu a função no PSDB depois que o presidente licenciado da
legenda, senador Aécio Neves (MG), destituiu Tasso Jereissati (CE) do
cargo.
Com G1/PB
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