A Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou reajuste na tarifa de
energia para o consumidor residencial (B1) da Energisa Paraíba
Distribuidora de Energia (EPB). O efeito médio para o consumidor
residencial (B1) vai ser de 14,07%, segundo a Aneel. Os clientes da
Baixa Tensão (residencial e comercial) terão correção de 13,94% e os da
Alta Tensão (indústrias), 16,38%.
Segundo a Energisa Paraíba, os principais motivos para a correção da
tarifa são a aquisição de energia e o pagamento de indenizações às
transmissoras como determinado pelo Governo Federal. Os dois itens são
custos não gerenciáveis pela distribuidora.
Ainda de acordo com a concessionária de energia, a tarifa final do
consumidor da Energisa Paraíba contém 39,02% de encargos e impostos e os
ajustes comparados à inflação desde 2008 estão abaixo dos índices IGPM e
IPCA.
A quarta Revisão Tarifária da EPB foi aprovada durante Reunião pública
da Diretoria da Aneel, nesta terça-feira (22). A revisão tarifária
periódica reposiciona as tarifas cobradas dos consumidores após analisar
os custos eficientes e os investimentos prudentes para a prestação dos
serviços de distribuição de energia elétrica, em intervalo médio de
quatro anos.
Percentuais definidos para cada grupo de consumo
Efeito médio por Grupo de Consumo | Variação (%) |
Alta Tensão em média (indústrias) | 16,38% |
Baixa Tensão em média | 13,94% |
Média (Baixa Tensão e Alta Tensão) | 14,55% |
O efeito médio da alta tensão refere-se às classes A1 (>= 230 kV),
A2 (de 88 a 138 kV), A3 (69 kV) e A4 (de 2,3 a 25 kV). Para a baixa
tensão, a média engloba as classes B1 (residencial e subclasse
residencial baixa renda); B2 (rural: subclasses, como agropecuária,
cooperativa de eletrificação rural, indústria rural, serviço público de
irrigação rural); B3 (industrial, comercial, serviços e outras
atividades, poder público, serviço público e consumo próprio); e B4
(iluminação pública).
Revisão Tarifária
A Revisão Tarifária Periódica é um processo regulado pela Aneel e é
prevista no contrato de concessão da empresa. Pela norma, o valor da
tarifa é reajustado anualmente (Reajuste Tarifário Anual) e a cada
quatro anos (Periódica).
Investimentos na Paraíba
Nos últimos quatro anos, a Energisa Paraíba afirma ter investido R$ 600
milhões em obras e manutenção do sistema elétrico no estado. Foram
construídas três subestações, ampliadas outras sete, além da construção
de 84 km de linhas de distribuição de alta tensão.
Em 2017, a Energisa Paraíba foi considerada a melhor empresa de
distribuidora de energia do Brasil pela Associação Brasileira de
Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), considerada na opinião de
83,8% dos clientes como prestadora de excelente serviço de distribuição
de energia (Índice Satisfação da Qualidade Percebida – ISQP).
Abrace contesta reajuste
Segundo a Associação dos Grandes Consumidores de Energia (Abrace),
quase um terço desse aumento (30%) diz respeito ao aumento nas tarifas
de transmissão (TUST), que está sendo questionado na Justiça. "Por uma
liminar obtida pelos consumidores industriais, todos os consumidores
deixarão de pagar R$ 9 bi dos R$ 60 bi totais. Mas o peso já virá na
próxima fatura da Energisa, com um valor 15% maior do que o último ciclo
tarifário", diz a nota da Abrace.
Com G1/PB
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