Estudantes
da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, desenvolveram um
carro elétrico de corrida, único do Norte-Nordeste a participar de uma
competição nacional. Em 2016 ficaram em nono lugar apenas com o projeto do
modelo. Entretanto, para chegar no evento em São Paulo este ano, os
universitários precisam de pelo menos R$ 23 mil o separam de conseguir todo o
equipamento necessário para as corridas.
Os alunos de engenharia elétrica do professor Euler
Macedo estão fazendo uma “vaquinha virtual” para comprar os
equipamentos dos dois pilotos - que somam mais de R$ 9 mil - e ainda freios e
suspensão para o carro elétrico da equipe Fórmula-E da UFPB.
O projeto inteiro reúne mais de 45 estudantes de
engenharia elétrica, mecânica, administração e design. “As roupas custam caro
porque precisam ser à prova de chamas, resistentes e certificadas pela Fia
[Federação Internacional de Automobilismo]”, conta o professor.
Carro elétrico
O protótipo desenvolvido pelos estudantes alcança
até 130 km/h e tem autonomia de 48 km com a carga completa da bateria. Euler
conta que a bateria tem um modo de carga rápida em que o carro carrega 40% em
até 50 minutos e a carga total é em seis horas.
Segundo o professor, a bateria e o motor do carro
são os maiores centros de custo do Fórmula-E, que já alcança a cifra dos R$ 250
mil investidos no projeto. “Pelo orçamento inicial, o projeto seria mais
barato. Mas com o aumento do dólar, o motor que ia custar em torno de R$ 45
mil, saltou para R$ 75 mil”, relata Euler.
As principais peças - e mais caras - foram
financiadas pela Universidade e o professor conta que os alunos é que fazem a
prospecção dos investidores; isso porque, como parte do projeto, a equipe deve
apresentar um plano de marketing e vendas para o carro elétrico, com a hipótese
de que eles produzam mil unidades por ano.
Com G1/PB
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