Um funcionário do Detran e um agente da Polícia Rodoviária Federal
estão sendo procurados pela Polícia Civil da Paraíba por envolvimento
com a quadrilha que fraudou pelo menos 70 concursos em vários estados
brasileiros e já movimentou aproximadamente R$ 21 milhões. As
informações foram passadas em uma entrevista coletiva realizada na manhã
desta segunda-feira (15/05) na Central de Polícia, em João Pessoa.
Estiveram presentes na entrevista, os delegados Marcos Paulo, Vanderleia
Gadi e Lucas Sá
Erideywyd Henrique Omena Ferreira da Silva é funcionário do Detran e
responde por tráfico e homicídios em Alagoas. Tem uma construtora usada
pra lavar dinheiro. A polícia quer identificar imóveis em nome dele,
sequestrar e leiloá-los.
Já Marcos Vinícius Pimentel dos Santos, é agente da PRF e também é um
dos líderes da quadrilha. Segundo a polícia, ele lucrava 25% dos
valores arrecadados. Além de fazer parte do bando, ele conseguiu aprovar
a filha, Mayara Rafaelle, no vestibular de medicina. A jovem foi ouvida
e informou que recebeu o ponto eletrônico do pai.
Além destas informações, a polícia detalhou a participação das seis
pessoas que foram presas nessa sexta-feira (12/05). São eles: Dayane
Nascimento de Souza, Poliane de Alencar,Sérgio Firmino, Luis Paulo
Silva, Diones Leite de Lima e Alexandro Camilo de Sousa.
Dayane tinha um carro financiando em nome de Alexandro; um seguro em
nome de Vicente, um dos líderes da quadrilha e com quem ela foi casada.
Ela ainda emprestou seu carro para levar candidatos ao concurso do MPRN.
Dayane é fiscal em Santa Rita, mas já atuou como guarda civil em
Bayeux.
Poliane de Alencar e Sérgio Firmino são um casal de policiais
militares. Ela foi citada no interrogatório de Dayane como pessoa
importante na quadrilha. Foi aprovada em vários concursos. Já Sérgio,
foi aprovado e exerceu função de guarda municipal em Bayeux. Eles vão
responder pelo crime de peculato, que tem pena de dois a doze anos de
reclusão.
Além destes três, há ainda Luís Paulo, que passou no concurso da
Polícia Civil de Sergipe e aguardava nomeação. Diones, que é funcionário
do Detran, e Alexandro, funcionário do IBGE.
A Operação Gabarito investiga a atuação de uma quadrilha que fraudava
concursos públicos em várias cidades. Os candidatos interessados na
fraude pagavam valores equivalentes a dez vezes o salário que iriam
receber, no cargo para o qual estavam concorrendo. Com isso, cada
candidato recebia o gabarito da prova, passado por meio de ponto
eletrônico, no dia da avaliação, além de diplomas e outros títulos que
fossem necessários para assumir o cargo.
Com PortalCorreio
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