O Governo do Rio Grande do Norte identificou pelo menos seis líderes da
rebelião na Penitenciária Estadual de Alcaçuz que durou cerca de 14h e
deixou mortos. De acordo com a Secretaria de Justiça e Cidadania
(Sejuc), o governo vai pedir a transferências dos líderes para presídios
federais. Outros detentos devem ser transferidos ainda neste domingo
(15/01) para outras unidades prisionais do estado.
Secretários Wallber Virgolino e Caio Bezerra durante coletiva em Natal (Foto: Elias Medeiros/G1) |
O Itep montou uma 'operação de guerra' para receber os corpos.
Uma carreta frigorífica foi contratada para armazenar os corpos e
legistas do Ceará e da Paraíba vão auxiliar no processo de
identificação. De acordo com o Itep, o órgão está preparado para receber
100 ou mais corpos, se for o caso. No entanto, uma fonte do governo
informou que até a publicação desta matéria pelo menos 25 mortes foram
confirmadas. Oficialmente, o governo do RN diz que há 'mais de dez
mortos'.
O titular da Sejuc, Walber Virgolino, informou confirmou que os presos
do pavilhão 5 invadiram o pavilhão 4. "É impossível evitar mortes quando
eles querem. O pavilhão 4 tinha entre 150 e 200 presos. Não sabemos
ainda precisar quantos morreram", disse. Até a publicação desta matéria,
a polícia já havia entrado nos pavilhões 1, 2 e 3 e se preparava para
entrar nos pavilhões 4 e 5 onde a situação já estava controlada.
Segundo ele, um trabalho de contenção realizado por agentes
penitenciários com o uso de bombas de efeito moral evitou a entrada dos
rebelados no pavilhão 1. "Em termos de número de mortes essa é a maior
rebelião da história do Rio Grande do Norte", disse.
O Governo montou um ambulatório da penitenciária para atender os presos
com ferimentos mais leves. Os feridos com maior gravidade foram levados
de ambulância e escoltados para o Hospital Walfredo Gurgel.
Três equipes de delegados da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP) e 15 homens farão a perícia dos locais de crime. A Polícia
Militar continua com o patrulhamento externo, com o helicóptero Potiguar
01, com o Batalhão de Choque e Batalhão de Operações Especiais (BOPE)
auxiliando na contenção e recontagem dos presos e na intensificação do
trabalho nas guaritas da unidade. A Força Nacional colaborou no
patrulhamento.
A Penitenciária de Alcaçuz, segundo o governo, ficou parcialmente
destruída e não há previsão para reconstrução. Ainda na tarde de sábado
(14/01) um detento fugiu da penitenciária, mas foi recapturado em seguida.
Com G1/RN
Com G1/RN
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