Com um enredo abstrato sobre os mistérios da vida, a Império de Casa Verde foi eleita a campeã do Carnaval 2016 de São Paulo. O terceiro título da agremiação no Grupo Especial foi anunciado na tarde desta terça-feira (9) em uma apuração marcada por confusão e reclamações de integrantes de outras escolas.
"Estamos muito emocionados com o trabalho que foi feito. Acho que foi
bem concluído na avenida. E foi merecido esse título da Império aqui",
comemorou Alexandre Furtado, presidente da campeã.
Ex-Rosas de Ouro e estreante na Império, o carnavalesco Jorge
Freitas exaltou a comunidade: "Trabalho de um ano foi recompensado com
esse título. É um trabalho muito forte de comunidade. Parabéns a vocês
da Império", disse.
Até o final da leitura do
quarto quesito, samba-enredo, a Mocidade Alegre era a única escola com
apenas notas 10 de todos os jurados – a agremiação "gabaritou" também
mestre-sala e porta-bandeira, enredo e alegoria. A Império de Casa Verde
assumiu o topo da apuração na categoria bateria e se manteve em
primeiro lugar até o final da leitura das notas, terminando com 269,4
pontos. Acadêmicos do Tatuapé e Mocidade Alegre tiveram 269,1 pontos e
ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.
A
presidente da Mocidade parabenizou a Império. "Acho que foi um Carnaval
atípico, onde todo mundo errou e todo mundo acertou. E parabenizar quem
ganhou, porque não é fácil fazer Carnaval. Os problemas e os erros
acontecem na pista. Faz parte do show", declarou Solange Bichara.
Com as piores notas, X-9 e Pérola Negra foram rebaixadas para o Grupo de Acesso do Carnaval paulista.
Confusão na apuração
A apuração foi marcada por confusão, empurra-empurra e reclamações de integrantes das escolas, especialmente da Vila Maria, que teve um representante detido pela Polícia Civil. A confusão começou na leitura das notas de evolução, depois que um dos jurados deixou de dar nota à Império de Casa Verde, que acabou ficando com duas notas 10 no quesito.
Nenhuma escola foi penalizada antes do início da leitura dos votos. O quesito fantasia foi definido como critério de desempate caso duas escolas de samba ficassem empatadas com o mesmo número de pontos ao final da apuração.
A apuração foi marcada por confusão, empurra-empurra e reclamações de integrantes das escolas, especialmente da Vila Maria, que teve um representante detido pela Polícia Civil. A confusão começou na leitura das notas de evolução, depois que um dos jurados deixou de dar nota à Império de Casa Verde, que acabou ficando com duas notas 10 no quesito.
O artigo 30 do regulamento oficial do Carnaval 2016, em seu parágrafo
primeiro, diz que "no caso de um jurado deixar de atribuir nota ao
quesito em julgamento de determinada escola de samba, será atribuída a
essa agremiação a maior nota dada pelos demais jurados que avaliaram
esse quesito".
"A justificativa dele [do
jurado de evolução] está ali. Ele só não colocou o número, não colocou a
nota", disse Serginho, presidente da Liga Independente das Escolas de
Samba de São Paulo. O regulamento também prevê "sanções" ao jurado que
deixar de dar nota.
Nova revolta ocorreu quando outro jurado,
desta vez no quesito harmonia, deixou de atribuir nota à escola Dragões
da Real. Foi quando policias tiveram de intervir e houve detenção de um
integrante da Vila Maria. Nenhuma escola foi penalizada antes do início da leitura dos votos. O quesito fantasia foi definido como critério de desempate caso duas escolas de samba ficassem empatadas com o mesmo número de pontos ao final da apuração.
Com Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário