Aliado do Palácio do Planalto, o atual líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani
(RJ), foi reeleito nesta quarta-feira (17/02) para um mandato de mais um
ano à frente da bancada. Com 37 votos favoráveis, ele derrotou o
deputado Hugo Motta (PMDB-PB), que contava com o apoio do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e recebeu 30 votos. Dois deputados votaram em branco.
O placar de reflete a divisão interna da bancada, com uma ala pró-Dilma
e outra favorável ao seu afastamento, apesar de o PMDB ter uma aliança
com o PT,
ocupando a Vice-presidência da República e outros seis ministérios. Os
deputados Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Marinha Raupp (PMDB-RO) não
compareceram à reunião que definiu o novo líder.
Ao ser reeleito, no entanto, Picciani falou em união da bancada. "A
vitória é de toda a bancada do PMDB, que vai caminhar junta", declarou.
Por ser o maior partido dentro da Câmara, a disputa pelo comando da
bancada ganhou maiores proporções nos últimos dois meses porque está em
jogo o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, assim como a
tramitação de projetos de interesse de governo.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, chegou a se licenciar do cargo
para reassumir o mandato de deputado na Câmara e reforçar os votos a
favor de Picciani. Ao chegar no plenário de votação, ele foi recebido
por um protesto que teve “chuva” de papéis
com a estampa do mosquito Aedes aegypti. O ato, organizado pelo
Solidariedade, aliado de Cunha, é uma crítica por ele ter deixado a
pasta em meio à crise do vírus da zika, transmitido pelo Aedes.
Com Brasília
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