O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que a ligeira queda nas médias em três das quatro provas objetivas não é relevante |
O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2015 registrou ligeira
queda nas médias obtidas pelos estudantes em três das quatro provas
objetivas e redução no número de redações nota máxima, 1 mil, em relação
ao exame do ano anterior. Foi no entanto, o exame com o maior
desempenho registrado em matemática. Pela primeira vez, 13 participantes
tiraram 1008,3. Os dados foram divulgados hoje (11/01) pelo Ministério da
Educação (MEC).
Em 2015, as médias nas provas do Enem foram 558,1
em Ciências Humanas; 478,8 em Ciências da Natureza; 505,3 em Linguagens
e Códigos; e, 467,9 em Matemática. Em 2014, as médias foram 546,5 em
Ciências Humanas - única mais baixa em relação a este ano -; 482,2 em
Ciências da Natureza; 507,9 em Linguagens e Códigos; e, 473,5 em
Matemática.
Em redação, 104 pessoas tiraram a nota máxima – 1 mil
– na redação, com o tema “A persistência da violência contra a mulher
na sociedade brasileira”. O número é mais que duas vezes menor do que na
edição anterior, em 2014, quando chegou a 250 estudantes. Em 2014, o
tema da redação foi "Publicidade infantil em questão no Brasil".
Mesmo com queda na nota máxima, o grupo que tirou entre 901 e 999
aumentou em relação ao ano anterior. Em 2015, foram 47.770, enquanto em
2014, foram 35.719. Em 2015, 53.032 participantes tiraram a nota 0. Eles
não poderão participar dos programas de seleção para vagas no ensino
superior do MEC. O número, no entanto, caiu em relação a 2014, quando
529.373 zeraram a redação.
Sobre a variação das médias, o
ministro da Educação, Aloizio Mercadante, diz que o dado não é
relevante. "Ao longo da história há oscilações. Se fosse uma tendência
[seria preocupante], mas não é", diz. Ele acrescenta: "A prova permitiu
aos que sabiam mais mostrar isso", disse, ressaltando que foi a primeira
vez que estudantes tiraram mais do que 1 mil na prova de matemática.
Em
relação à redação, na avaliação do ministro, o desempenho "foi bastante
razoável". As redações são revistas por dois corretores. Se há uma
diferença maior do que 100 pontos entre as notas dadas por eles, a
redação vai para um terceiro corretor. Segundo ele, nesse ano caiu muito
a necessidade do terceiro corretor, o que mostra também uma melhor
capacitação dos profissionais que atuam na correção.
A divulgação
das notas de redação este ano incluíu apenas os estudantes que fizeram a
prova, segundo Mercadante. No ano passado, os que deixaram a redação em
branco foram computados entre os que tiraram zero, inflando o número.
Com Agência Brasil
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