A Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira (26/05) – ao analisar um dos
trechos da proposta de reforma política que tramita no plenário – emenda
que incluía na Constituição Federal a doação de empresas a partidos
políticos e campanhas eleitorais.
A emenda recebeu 264 votos favoráveis, 207 contrários e houve quatro
abstenções. Mas, por se tratar de proposta para alterar a Constituição,
eram necessários 307 votos a favor.
Com isso, o atual modelo misto de financiamento de campanhas eleitorais
(público e privado com doações de pessoas físicas e jurídicas) fica
inalterado.
A Câmara ainda analisará nesta quarta (27/05), a partir das 12h, emendas
que incluem na Constituição autorização para doações de empresas somente
a partidos políticos e que autorizam somente doação de pessoas físicas a
partidos e candidatos.
Mas, na visão do presidente da Casa, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ),
as votações desta madrugada mostraram que a Câmara “não quer mudar nada”
do sistema político e eleitoral do país.
“A Casa quer continuar como está. Está rejeitando mudanças. Acho que
não vai passar nada. Não vai passar fim da reeleição, não vai passar
coincidência eleitoral”, disse Cunha depois da sessão.
Doações de empresas
O modelo de financiamento de campanha é um dos trechos da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera o sistema eleitoral e político do país e que entrou em votação nesta semana no plenário da Câmara.
O modelo de financiamento de campanha é um dos trechos da proposta de emenda à Constituição (PEC) que altera o sistema eleitoral e político do país e que entrou em votação nesta semana no plenário da Câmara.
Por decisão de Cunha, a PEC foi colocada em votação diretamente no plenário, sem passar por análise na comissão especial criada especialmente para debater o tema.
Cada item da proposta será votado individualmente no plenário. Depois, o texto como um todo passará por uma votação em segundo turno e precisará do voto favorável de 307 deputados para seguir para o Senado.
Cada item da proposta será votado individualmente no plenário. Depois, o texto como um todo passará por uma votação em segundo turno e precisará do voto favorável de 307 deputados para seguir para o Senado.
Inscrever na Constituição a doação de pessoas jurídicas tanto para
partidos quanto para os candidatos individualmente era uma bandeira do
PMDB e de Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O PT era contra, e defendeu a
proibição de doação de empresas e a aprovação de financiamento
exclusivamente público.
Atualmente, o financiamento de campanha no Brasil é público e privado.
Políticos e partidos recebem dinheiro do Fundo Partidário (formado por
recursos do Orçamento, multas, penalidades e doações) e de pessoas
físicas (até o limite de 10% do rendimento) ou de empresas (limitadas a
2% do faturamento bruto do ano anterior ao da eleição).
Essas regras, porém, não estão previstas na Constituição Federal e estão
sendo questionadas por uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin),
no Supremo Tribunal Federal (STF).
Com G1/ Brasília
Com G1/ Brasília
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