quarta-feira, março 04, 2015

Não deixaria de atender para brincar, diz enfermeira após vídeo

  A enfermeira demitida após um vídeo em que aparece dançando no Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande garantiu que "nunca deixaria de dar assistência" e que não faltou responsabilidade com os pacientes. O diretor administrativo  Geraldo Medeiros, afirmou nesta quarta-feira (4/03) que a unidade "não é ambiente de descontração". Segundo ele, a funcionária estava em horário de trabalho e foi chamada mais de uma vez para atender aos pacientes, enquanto dançava.
Vídeo após rolar as redes sociais,
diretor demite enfermeira de unidade
  A enfermeira confirmou que estava no trabalhando no plantão, mas negou falta de assistência. "Para quem trabalha 24 horas tem que haver um momento de descanso. Ao contrário do que foi falado, toda a rotina do setor estava feita. Eu jamais deixaria de prestar assistência a um paciente, jamais colocaria em risco a vida de ninguém. Tenho tanto amor em trabalhar, quem conhece meu trabalho sabe a responsabilidade que tenho, sempre  prestando o melhor de mim", explicou Priscilla Guedes.
  Ela afirmou ainda que havia outra profissional no atendimento aos pacientes. "Todo mundo que trabalha precisa de alguns momentos, até para ter gás de enfrentar o resto do plantão. Não tinha nenhuma intercorrência, tinha outra enfermeira respondendo por mim no balcão, era um ambiente fechado e não estava expondo nenhum paciente. Minha infelicidade foi que gravaram, quiseram me prejudicar e tomou essa proporção", afirmou.

 Vídeo mostra a enfermeira dançando dentro do Hospital de Trauma

 O vídeo
 Segundo o hospital, nas imagens publicadas em uma rede social na terça-feira (3), ela dança dentro da Ala Amarela da unidade de saúde. A enfermeira aparece vestida com o uniforme do hospital, onde há a logomarca do governo do estado da Paraíba. O hospital confirmou nesta quarta-feira (4/03) que a enfermeira e mais três técnicos de enfermagem foram demitidos por conta do vídeo. Segundo a unidade, os profissionais eram prestadores de serviço do local, contratados sem concurso por "excepcional interesse público".
 "A atitude deles se contrapõe à política da Secretaria de Estado da Saúde (SES), de humanização e resgate da ética do profissional de saúde. Se não tivermos conduta ética e humana na assistência ao paciente, teremos com certeza aumento dos erros", explica o diretor administrativo Geraldo Medeiros. A assessoria de imprensa da SES informou que está acompanhando o caso e que a decisão da diretoria do hospital foi endossada pelo órgão.

Com G1/PB

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