segunda-feira, janeiro 06, 2014

Santuário ‘Caminho da Paz' recebe grande número de visitantes


  Um lugar até então desconhecido pra algumas pessoas e outras não, vem nos últimos quatro meses sendo bastante visitado. Trata-se do Santuário ‘Caminho da Paz’, que ainda está em construção, localizado no sítio Retiro, zona rural de Belém e distante a um quilômetro do município de Pirpirituba, no Brejo paraibano. Cujo acesso da cidade até lá é de estrada de barro.
 Na localidade, há 16 réplicas de imagens completamente perfeitas de santos populares com estaturas, na maioria delas, de 90 a 2 metros e 20. Todas elas erguidas em um suporte de concreto num espaço aproximadamente de um hectare, de propriedade de Ozeias Pedrosa. O agricultor e artesão José Lourenço dos Santos 'Zé Lourenço', de 64 anos, quem faz a manutenção do ambiente, é o idealizador do santuário, além dele próprio construir as imagens.
 O artesão informou que a produção das réplicas começou por falta de condições de comprá-las depois da destruição das outras obras existentes na 'Pedra do Urubu'. Desde então resolveu construí-las ele próprio e deu certo. As primeiras não ficaram como deveria, mas com o tempo foi se aprimorando. Isto tudo sem ter conhecimento na arte. Aprendeu só. 
 No lugar, ele pretende construir também uma capela e dar uma melhor estrutura aos peregrinos. "O canto é dedicados a eles", frisou.
 De acordo o artista, o santuário é aberto ao público de domingo a domingo em qualquer horário. Mesmo ainda sem o seu término, fieis devotos dos santos têm frequentados o espaço constantemente. Alguém que desejar ajudá-lo na conclusão de sua obra, ele está recebendo doações.   
 Além desse lugar, Zé Lourenço confidenciou que outro também foi oferecido pra ele num espaço muita atrativo, no município de Belém, para a colocação de suas imagens, no entanto ele não aceitou. 
 Cada estátua afixada no terreno, como Nossa Senhora da Luz, Imaculada Conceição de Maria, Coração de Jesus, Nossa Senhora do Rosário, Nossa Senhora da Paz, São Francisco de Assis, Nossa Senhora da Penha, Nossa Senhora Madalena Milagrosa, São Rafael, São Judas Tadeu, Nossa Senhora de Fátima, São Gabriel e Santa Bárbara, o criador passa aproximadamente cerca de 20 dias para deixá-la pronta. A pessoa que desejar possuir qualquer uma das imagens, o artesão a faz através de encomenda. E o agricultor disse que não só religiosa.
 Conforme José Lourenço, esse desejo surgiu depois de passar pro alguns problemas de saúde, pois ele chegou até ser desenganados pelos médicos. “Eu sou uma pessoa cardíaco, tenho coração suspenso e nele foram colocados oito pontos de safena. Então fiz uma promessa e se eu ficasse vivo mais alguns anos, como 60 anos (risos). A partir dai dei seguimento a esse trabalho, que faço com muito satisfação, além de ser bastante religioso, e com recursos próprios”, informou.
  Destruição
José Lourenço 
idealizador do santuário
 Antes desse espaço, Zé Lourenço tinha uma área na Fazenda Frei Damião, de propriedade do engenheiro civil Carlos Eduardo Maia Lins, onde havia cerca de 50 imagens expostas também ao ar livre no ‘Cruzeiro da Paz’, cujo local foi fundado em 29 de junho de 1945 pelo padre Moisés, ex-vigário de Pirpirituba, na conhecida ‘Pedra do Urubu’, entre Pirpirituba e Guarabira.
 Até então esquecido, porém com as réplicas dos santos colocadas por lá desde 17 de julho de 2011 e cuja a preservação do local ficava por conta do próprio José Lourenço, o lugar começou a ganhar outros ares e passou a ser um dos pontos turiscos religioso da região do Brejo da Paraíba.
 A partir daí, a localidade passou a receber um grande número de romeiros e fieis os quais se dirigiram até lá para realizar orações, participar de missas e também contemplar a belíssima visão do alto. No entanto, em decorrência da destruição das imagens, vez com que os peregrinos se afastassem. Na época, o próprio dono do terreno foi aponto como cuja pessoa que mandou destruir as imagens.
 O agricultor contou que ficou depressivo com aquela situação. Na Justiça, o proprietário do terreno alegou invasão do lugar, desmatamento da área preservada, além de construção indevida, onde foi registrado na Delegacia de Pirpirituba um boletim de ocorrência. 
 Zé Lourenço contou cujo motivo da destruição seria a vendida do terreno e cujo comprador exigiu que só negociaria a propriedade com a não existência daquele local religioso. O artesão ressaltou que se soubesse da venda, ele mesmo faria uma proposta de comprá-la ou de arrendá-la.
 Algumas das imagens danificadas, que se encontram numa propriedade sob custódia da Justiça, segundo informou José Lourenço, chegaram a custar R$ 2 mil, ambas compradas com recurso próprio dele.









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