A decisão tomada pelo
Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) de interditar o Estádio
Almeidão, tomada na última sexta-feira, 24, resultou na mudança do local
do jogo entre Botafogo(PB) e Náutico (PE). A partida, que aconteceria em
João Pessoa, foi transferida para Goianinha, em Pernambuco, porém, o
pedido de reconsideração desta decisão na justiça fez com que a partida
fosse suspensa.
O pedido foi feito pelo vereador de João Pessoa, Renato Martins
(PSB), e o jogo será remarcado após os problemas do estádio terem sido
resolvidos. Se acordo com o parlamentar, os torcedores do Botafogo-PB
não podem ser prejudicados por causa da CBF.
O estádio Almeidão foi interditado pelo STJD pelo presidente do tribunal, Flávio Zveiter, que ainda solicitou a abertura de inquérito para apurar responsabilidades da CBF e da Federação Paraibana de Futebol, após a briga de torcidas que aconteceu no local.
O estádio Almeidão foi interditado pelo STJD pelo presidente do tribunal, Flávio Zveiter, que ainda solicitou a abertura de inquérito para apurar responsabilidades da CBF e da Federação Paraibana de Futebol, após a briga de torcidas que aconteceu no local.
Ainda em obras, o local foi palco da partida entre o Belo e o Sport
(PE) no dia 19 de janeiro, e dos 42 mil torcedores que podem ocupar o
espaço, apenas oito mil ingressos foram liberados. Ainda com a
liberação, um laudo feito pela Polícia Militar, emitido neste ano,
afirmava que o estádio não tinha condições de uso.
No segundo tempo da partida os entulhos que estavam nas arquibancadas
foram utilizados pelos torcedores durante uma confusão. A ação da
Polícia atingiu não apenas os torcedores, mas também os jogadores que
estavam no campo.
Dias após a briga no estádio, o procurador-geral do STJD, Paulo
Schmitt, pediu a interdição do Almeidão, além da apuração para saber
quem permitiu a realização do jogo. O procurador-geral destacou que o
estádio foi liberado sem a prévia autorização das autoridades
competentes, sugerindo um "erro grosseiro" da Federação Paraibana de
Futebol, a quem compete "providenciar as medidas locais de ordem técnica
e administrativa, necessárias e indispensáveis à logística e segurança
das partidas", bem como "informar à CBF, até 30 dias antes do início das
competições, os possíveis impedimentos à utilização dos estádios".
Tanto a Federação Paraibana de Futebol quanto a CBF foram denunciadas
com base no artigo 191 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva
(CBJD), que trata de punições relativas à administração desportiva e
prevê multas que variam de R$ 100 a R$ 100 mil, além de suspensão ou
advertência.
Com Estadão
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