A Polícia Federal deflagrou na tarde desta segunda-feira (23) a
Operação Estado Terminal, com o objetivo de cumprir oito mandados de
busca e apreensão deferidos pela Justiça Federal em João Pessoa.
O foco da investigação é um suposto esquema criminoso que funcionava no
Hospital Universitário Lauro Wanderley. Segundo a PF, mais de R$ 3
milhões foram desviados dos cofres públicos.
A investigação que resultou na operação foi desenvolvida pela Polícia
Federal em parceria com a Controladoria-geral da União e o Ministério
Público Federal e teve início a partir de trabalhos de auditoria,
feitos em em 2010. O responsável pela operação é o delegado Fabiano
Emídio. Segundo a PF, dos oito mandados de busca e apreensão, três
deles foram direcionados ao Hospital Universitário Lauro Wanderley.
Em contato com a direção do Hospital Universitário, o G1
foi informado que um novo superintendente estava tomando posse nesta
segunda e que ainda hoje ele falaria sobre a ação da Polícia Federal.
Foram identificadas fraudes licitatórias, pagamentos em duplicidade por
medicamentos e produtos hospitalares, aquisição de produtos e serviços
com sobrepreço, dentre outras fraudes, que, juntas, podem representar um
prejuízos aos cofres públicos de mais de R$ 3 milhões.
De acordo com o delegado Fabiano Emídio, o esquema funcionava no setor de contabilidade do HU e tinha participação de seis servidores. O ex-superintendente do hospital, João Batista de Souza, é apontado como principal responsável pelas fraudes.
De acordo com o delegado Fabiano Emídio, o esquema funcionava no setor de contabilidade do HU e tinha participação de seis servidores. O ex-superintendente do hospital, João Batista de Souza, é apontado como principal responsável pelas fraudes.
“O ex-superintendente do HU chegou a dar uma entrevista dizendo que o
hospital estava em vias de fechar por falta de recursos, a quantidade de
recursos repassadas é extramente alta ,o que existe ali é uma má
gestão”, afirmou Fabiano Emídio.
Explicando uma das formas de fraude, o delegado disse que os servidores
tiravam cópias de notas, abriam processos com a cópia e pagavam duas
vezes pela mesma nota. Emídio disse ainda que foram apreendidos
documentos e computadores com os servidores suspeitos
João Batista de Souza confirmou que a Polícia
Federal cumpriu mandado na sua residência. Segundo ele, foram levados
computadores do local. Indagado sobre a acusação da PF, ele preferiu
não fazer comentários. “Eu não tive acesso ao conteúdo da questão”, se
limitou a dizer.
Além do Hospital Universitário, a Polícia Federal realiza ações de busca e apreensão nas casas dos servidores envolvidos no esquema e em um escritório de contabilidade. Conforme a polícia, um servidor público foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Além do Hospital Universitário, a Polícia Federal realiza ações de busca e apreensão nas casas dos servidores envolvidos no esquema e em um escritório de contabilidade. Conforme a polícia, um servidor público foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
Recaem sobre os investigados indícios dos delitos de fraude à
licitação, formação de quadrilha, corrupção passiva e advocacia
administrativa, que somados têm pena máxima prevista superior a 20 anos
de reclusão.
Com G1/PB
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