A briga pela posse de uma casa terminou em homicídio, na manhã desta segunda-feira (15/10), no município de Cacimba de Dentro, Agreste paraibano, a 165 quilômetros de João Pessoa. O caso envolve um homem, que foi a vítima do assassinato, a sua companheira, os pais dela e o responsável pelos disparos.
O delegado Joacil Moreira afirmou que a disputa pela casa começou no ano de 2000, quando uma mulher comprou o imóvel, que fica na cidade de Cacimba de Dentro. Como morava no Rio de Janeiro, a mulher deixou a cargo da mãe e do pai a responsabilidade por cuidar do imóvel.
Porém, com o passar do tempo, a mãe da dona do imóvel requereu na Justiça a casa para seu nome por usucapião, que ocorre quando alguém fica de posse mansa, pacífica e ininterrupta como dono de um imóvel por cinco anos.
“Quando a filha soube da ação viajou aqui para a região e alugou uma casa em Solânea (município vizinho). Em seguida, ela alugou um carro, entrou na casa que é dela e cuja mãe estava ocupando, juntou imóveis e outros objetos da mãe e levou tudo para a casa da mãe dela, que fica em um sítio. Em meio a toda essa disputa judicial também houve agressões verbais, com a filha acusando os pais de tentarem roubar o imóvel dela”, informou o delegado.
Além da disputa judicial e agressões verbais, o companheiro da dona da casa também se envolveu no caso e, segundo o delegado, foi acusado de ameaçar a sogra.
Homicídio
Conforme o delegado, o homicídio do companheiro da dona da casa ocorreu no momento em que ele saiu do imóvel para comprar pão e foi seguido por um homem, que efetuou disparos de arma de fogo. A vítima morreu no local antes de receber atendimento médico.
“Agora, iremos ouvir as testemunhas. A filha acusa os pais de serem os mandantes do crime. Já solicitamos a presença deles aqui na delegacia para prestarem depoimento. Como a vítima não é natural daqui, vivia no município a pouco tempo e não tinha inimigos tudo leva a crer na possibilidade real de participação dos pais da dona da casa no crime. Porém, só teremos essa certeza no decorrer da investigação”, afirmou o delegado.
Por PortalCorreio
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