quarta-feira, novembro 18, 2020

Corpos de família morta em desabamento são enterrados em Pipa


  Os corpos da família que morreu soterrada após parte de uma falésia desabar na praia de Pipa foram enterrados nesta quarta (18/11), por volta das 10h, no cemitério público de Tibau do Sul. 
  Stella Souza, de 33 anos, Hugo Pereira, de 32, e o filho deles, Sol, de 7 meses, aproveitavam um dia de folga nesta terça (17/11) na praia de Pipa quando parte de uma falésia desabou sobre eles. Os três morreram na hora. O cachorro da família, que estava com eles, também morreu. 
  "Eles eram muito alegres, uma família muito feliz. Hugo era um homem maravilhoso que cuidava muito bem de Stella e de Sol, eles se amavam muito. Eram pessoas que só deixaram felicidade", disse a mãe de Stella, Sânzia Maria. 
 "A família está destruída. Foi uma fatalidade. Ninguém poderia esperar que isso acontecesse. Os dois partiram muito cedo, mas deixaram a consciência em cada um dos que ficaram de que eles viveram bem, aproveitaram a vida e que nós saibamos também aproveitar a vida", disse Éder Jofre, primo de Stella. 
  Hugo Pereira era paulista e morava em Pipa há pouco mais de dois anos. O pai dele chegou a Pipa na noite de terça, mas não quis falar com a imprensa. Pedro Holanda, gerente do hotel onde Hugo trabalhava, lamentou a morte do amigo e disse que ele era "uma alma especial". 
  "O Hugo era um ser humano espetacular, sempre com um sorriso no rosto, alto astral, estava muito feliz de ser pai. Era um cara muito família, gostava muito de animais, da natureza. Era um ser humano iluminado. A gente fica consternado, sem entender o porquê de tudo isso estar acontecendo", disse Pedro.  
 O acidente 
  Hugo aproveitava um dia de folga na praia com a mulher, Stella Souza, o filho de 7 meses e o cachorro da família quando aconteceu o acidente por volta de meio dia. 
  Igor Caetano, empresário de passeio náutico, viu o acidente e disse que Hugo, Stella e o filho estavam sentados perto da falésia. 
  "Ainda deu tempo de a mãe tentar segurar a criança, por isso que os adultos estavam mais machucados, porque a mãe estava abraçada com ele [o bebê]."
  "A gente cavou até encontrar o pai, e depois encontramos a mãe e a criança. O menino ainda estava respirando. Por coincidência, uma médica estava passando aqui na hora, ela tentou reanimar a criança, mas não teve mais jeito", disse Igor. 
 Os moradores da região dizem que a falésia é um risco para banhistas e costumam alertar sobre o perigo de acidentes. Conforme as marés enchem e atingem a falésia, sua base vai sendo desgastada, o que deixa a parte de cima mais vulnerável a desabamento.

Por G1/RN e TV Cabugi

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