O empresário Rubens Ometto ocupa o 1º lugar no ranking de doadores
nestas eleições. Ometto repassou R$ 7 milhões a 53 candidatos de 14
partidos diferentes. Desse grupo, 24 candidatos de 10 siglas conseguiram
se eleger – o equivalente a 45,3%. Segundo a revista Forbes, a fortuna
de Ometto é de US$ 1,4 bilhão (ou R$ 5,2 bilhões). Atualmente, o
empresário exerce a presidência do Conselho de Administração da Cosan,
empresa com negócios nos segmentos de energia, gás e logística.
O candidato que recebeu mais dinheiro de Ometto foi o deputado federal
Arnaldo Jardim (PPS-SP), que renovou o mandato para mais quatro anos na
Câmara dos Deputados. Ele recebeu R$ 250 mil do bilionário – o
equivalente a 10,88% do total da receita da candidatura.
Entre os principais candidatos beneficiários do maior doador destas
eleições, apenas dois candidatos não tiveram sucesso nas urnas. São
eles: o ex-presidente da Alesp, deputado estadual Fernando Capez
(PSDB-SP), e o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR).
Ao G1,
o empresário diz que escolheu candidatos já com experiência e que se
posicionaram a favor da “livre iniciativa”. Ele afirma ainda que um dos
seus critérios foi doar para candidatos ligados ao espectro político da
direita e que sejam a favor das reformas previdenciária, política e
tributária. “Penso apenas no bem do país, em ajudar o futuro presidente e
em apoiar as reformas que precisam ser feitas”, acrescenta Ometto.
O empresário admite que alguns dos candidatos que receberam as doações
“podem ter cometido algum erro”, mas reforça que seus repasses são
legais e seguem a lei. O fundador da Cosan defende ainda a permanência
da proibição das doações de empresas porque “antigamente isso estava
errado e exagerado”.
Pela primeira vez, as doações de empresas estão proibidas nas eleições
para deputado, senador, governador e presidente. Em nota, a assessoria
de imprensa da Cosan diz que as doações eleitorais "foram realizadas em
caráter pessoal".
Candidatos eleitos
O resultado das urnas pode ter sido decepcionante para os deputados que não conseguiram se reeleger. Ou para os reeleitos que tiveram menos votos do que em 2014. Mas o empresário Rubens Ometto acertou mais da metade de suas apostas para as eleições deste ano.
Um dos premiados com a doação de Ometto foi o deputado federal Onyx
Lorenzoni (DEM-RS), cotado para ministro-chefe da Casa Civil num
eventual governo de Jair Bolsonaro. Onyx recebeu R$ 200 mil do
empresário. Outros seis nomes também conseguiram R$ 200 mil do
empresário.
O líder do ranking de doações selecionou, principalmente, nomes de
candidatos que já estão na política e que, em alguns casos, já foram até
ministros do governo Michel Temer. Entre eles, os ex-ministros Ronaldo
Nogueira (PTB-RS), Bruno Araújo (PSDB-PE), Fernando Filho (DEM-PE) e
Ricardo Barros (PP-PR). Nogueira e Araújo não se elegeram.
Dos 53 candidatos que receberam as doações, 11 são filiados ao DEM e
outros 11, ao PSDB. Sete candidaturas de MDB e sete do PP também
receberam repasses de Ometto. Houve também doações a candidatos do
Avante (1), PPS (2), PR (2), PSB (2), PSD (2), PSL (1), PTB (2), PV (1),
PDT (1) e até PT (3), apesar de ele se dizer “contra a esquerda”.
Ao menos 41 dos 53 candidatos (77,4%) que receberam os repasses do
bilionário já estão na política e exercem mandato atualmente. A maior
parcela desse grupo concorreu à reeleição de deputado federal e disputou
a corrida em São Paulo.
Além dos principais beneficiários, que receberam a partir de R$ 150 mil
em doações de Ometto, outros 16 candidatos foram eleitos. Saiba quem
são eles:
Por G1
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