A Petrobras subirá o preço da gasolina
nesta quarta (11/07) para R$ 2,039 por litro nas refinarias, o maior valor
desde o dia 23 de maio, quando a cotação internacional do petróleo
chegou perto dos US$ 80 (R$ 306) por barril.
A oitava alta seguida desde o dia 22 de
junho, acompanhando a escalada das cotações internacionais e a variação
da taxa de câmbio. Na segunda, a cotação do petróleo tipo Brent,
negociado em Londres, fechou em US$ 78,16 (R$ 299) por barril.
Desde outubro de 2016, a Petrobras altera
os preços dos combustíveis de acordo com a variação das cotações
internacionais e da taxa de câmbio. A elas, acrescenta margem de lucro e
o custo de importação.
A política é alvo de questionamentos, que
ganharam força durante a greve dos caminhoneiros, no fim de maio, e
levaram o governo a conceder subvenções ao preço do óleo diesel ao custo
de R$ 13,6 bilhões.
O preço da gasolina nas refinarias da
estatal acumula alta de 9,31% desde 22 de junho, quando a companhia
interrompeu a sequência de quedas iniciada no fim de maio a partir do
recuo das cotações internacionais.
No dia 22 de maio, a gasolina vendida
pela estatal atingiu o maior valor desde que foi iniciada a política de
reajustes diários: R$ 2,0867 por litro.
Segundo a estatal, o valor cobrado por
suas refinarias representa 31% do preço final do combustível nas bombas –
a conta considera o preço da última semana de junho, último dado
disponível.
O restante é composto por impostos,
margens de lucro de distribuição e revenda e o percentual de etanol
anidro misturado ao produto vendido nos postos, atualmente em 27%.
No início de julho, 15 estados aumentaram
o preço de referência para o cálculo do ICMS sobre a gasolina, o que
deve ter reflexo nos preços de bomba. Os impostos estaduais
representavam, no fim de junho, 28% do preço final. Já os federais eram
responsáveis por 15%.
O preço do diesel nas refinarias segue em R$ 2,0316 por litro desde o início de junho.
Por FOLHAPRESS
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