quarta-feira, março 01, 2017

Vice-campeã de 2016, Acadêmicos do Tatuapé consegue título inédito

  
 Após o vice-campeonato no Carnaval de São Paulo no ano passado, a Acadêmicos do Tatuapé conquistou em 2017 seu primeiro título no Grupo Especial desde sua fundação, em 1952.
 "Pela primeira vez, depois de 64 anos, a nossa escola é campeã do Carnaval de São Paulo. Aqui é o momento de agradecer a todo mundo que passou por lá", comemorou o presidente Eduardo dos Santos.
 Para isso, a agremiação apostou em um enredo sobre a África: "Mãe-África Conta a Sua História: Do Berço Sagrado da Humanidade à Terra Abençoada do Grande Zimbawe!". O tema desenvolvido pelo carnavalesco carioca Flávio Campello, que fez sua estreia na escola, mostrou o lado festivo do povo africano, falando sobre fé, religião, cultura e tradição.
"Dedico este título à comunidade que está lá na quadra agora assistindo à apuração nota a nota. Dedico este título a eles. Só a eles", disse Campelo.
O presidente da escola também ressaltou a importância da comunidade no Carnaval da Tatuapé. "Nós demos a última marretada, mas a pedra não quebra na última. Ela quebra na soma de todas as marretadas. E eles deram muita. É trabalho, é compromisso, a força da nossa comunidade. É essa a nossa diferença", disse o dirigente da agremiação, que ao contrário da maioria das agremiações, não vende fantasias.
O desfile
 Quarta a desfilar na sexta-feira (24/02), a agremiação da zona leste veio com um desfile coeso e vibrante ao mostrar as cores, as festividades e riquezas do continente africano. A agremiação se valeu de ter um dos melhores sambas da safra e fez paradinhas para o público cantar em coro o refrão: "É de arerê / Ilê, ijexá/ Essa kizomba de um povo feliz/ Eu sou a África / Derramo meu axé/ Canta Tatuapé."
 Mesmo enfrentando problemas com a chuva no dia do desfile, que molhou as fantasias, que tiveram que ser secadas com secador, a azul e branco empolgou o público com o "axé" e a diversidade da herança africana. Brilharam na apresentação a beleza dos carros alegóricos, um deles soltando incenso, e a riqueza dos adereços e fantasias, que incluíram turbantes, muitas plumas e trajes inspirados em tribos africanas.
 Um dos destaques do desfile, praticamente perfeito do ponto de vista técnico, foi a participação da sambista Leci Brandão, que saiu antes da comissão de frente, como madrinha da escola. A animação dos integrantes também chamou a atenção e ajudou a contagiar o público, que acompanhou várias paradinhas da bateria (ou "paradonas").
 Para dar sorte, a Tatuapé contou com o intérprete Celsinho Mody, considerado um dos melhores da atualidade, a bateria de mestre Higor, a rainha estreante e musa fitness Andrea Capitulino e a musa Sabrina Boing Boing, que prometeu ficar nua caso a escola levasse o título e fez sua despedida do Carnaval. A Acadêmicos do Tatuapé foi ainda a única escola do Grupo Especial a ter um rei de bateria, o dançarino Daniel Manzioni.

Com Uol

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