sexta-feira, dezembro 06, 2019

Justiça determina suspensão de posse de conselheiros tutelares eleitos


   Uma decisão judicial determinou que a Prefeitura de São Bento, no Sertão da Paraíba, suspenda a posse de dois conselheiros tutelares que foram eleitos no pleito, em outubro deste ano. Erison John Carneiro dos Santos Costa e José Alberlan Dantas de Sousa são acusados de abuso de poder econômico e político durante a Eleição do Conselho Tutelar na cidade.
   A decisão, proferida nesta quinta-feira (5/12), foi tomada após uma ação civil pública de cassação de mandato proposta pelo Ministério Público da Paraíba. A ação foi proposta pelo promotor de Justiça de São Bento, Osvaldo Lopes, e a decisão foi proferida pelo juiz da Comarca, José Normando Fernandes. 
  A posse dos candidatos deveria ocorrer no dia 10 de janeiro de 2020. Mas, de acordo com a decisão, o município deve dar posse ao primeiro suplente de cada eleito e, na hipótese de desistência, ao segundo, até o julgamento definitivo de mérito, sob pena de responsabilização do agente público que o fizer.
  A decisão deve ser encaminhada ao prefeito de São Bento e ao Conselho Municipal da Criança e do Adolescente do município para cumprimento.
  Na manhã desta sexta-feira (6/12), o G1 entrou em contato com o prefeito da cidade, Jarques Lúcio, que informou que ainda não recebeu a decisão oficialmente, mas que já teve conhecimento da determinação judicial e que será dada as devidas posses aos dois conselheiros que ficaram na suplência.
   Irregularidades na eleição do Conselho Tutelar
   O promotor de Justiça registrou que, durante o trabalho de fiscalização das eleições, realizado pelo Ministério Público, na coleta e contagem dos votos, foram apuradas diversas irregularidades, que violam as normas municipais do pleito, assim como as disposições do Código Eleitoral e os princípios constitucionais.
   Entre as irregularidades apontadas por Osvaldo Lopes está o envolvimento do presidente da Câmara dos Vereadores, Alexciandro Dantas (Alex Dantas), no intuito de prática de influência aos eleitores, o que foi constatado em vídeos e fotografias anexados aos autos, que indicam planejamento e união de forças econômicas e políticas visando o desequilíbrio do pleito. O promotor de Justiça citou ainda a prática de transporte irregular de eleitores no dia do pleito. 

Por G1/PB

Nenhum comentário:

Postar um comentário