A primeira cerveja artesanal da Paraíba a obter o registro do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) é feita no Sertão do
estado. Patos é o lar do empresário Paulo Canuto, que diz que foi atrás
do registro tanto pela profissionalização da marca quanto para conseguir
o pioneirismo.
Apesar de não garantir nenhuma vantagem especial por ser registrada no
Ministério, a cervejaria agora tem um atestado fornecido pelo Governo
Federal de quem tem estrutura técnica, predial e de higiene para
produzir a bebida.
“É uma tendência no setor”, afirma o analista do setor de registro de
bebidas alcoólicas, não-alcoólicas e vinagres do Mapa, Walkyr Henriques.
“Com o registro em mãos a empresa evita que seja autuada e impedida de
atuar no mercado”, conclui.
Paulo, de 27 anos, é químico industrial e fez mestrado em engenharia
química voltada para a produção de cervejas. “Comecei a pensar a empresa
ainda durante o mestrado em Campina Grande mas água de lá é muito
‘dura’ [alto teor de bicarbonato de cálcio], o que me fez procurar minha
terra natal (Patos) para iniciar a cervejaria”, conta.
A empresa hoje tem outros três sócios, sendo ele e um outro
majoritários que administram diretamente a cervejaria, enquanto os
minoritários são investidores. Ele diz que o investimento médio para se
produzir de forma segura pelo menos 3 mil litros de cerveja por mês é de
R$ 350 mil, mas há equipamentos mais baratos para uma produção mais
reduzida.
Com G1/PB
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