A cidade de São José de Espinharas, no Sertão paraibano, está sem prefeito desde o dia 9 de setembro, quando o atual, Renê Caroca (PSDB), que é candidato à reeleição, foi afastado do cargo e preso pela Polícia Federal.
Paulo Medeiros, que era vice-prefeito, renunciou ao cargo e a
presidente da Câmara Municipal, Maria do Socorro (PMDB), informou nesta
sexta-feira (23/09) que negou tomar posse antes das eleições do dia 2 de
outubro.
Maria do Socorro afirmou que não vai colocar sua campanha para
reeleição a vereadora sob suspeita. "É um risco assumir uma prefeitura
neste estado e com esses problemas. Fomos aconselhados a não tomar
posse. Por isso, vou aguardar o fim das Eleições para virar prefeita
[interina] de São José de Espinharas", explicou.
A posse só deve acontecer no dia 3 de outubro. Até lá, a cidade vai
continuar sem prefeito em exercício. Os servidores da prefeitura, tanto
efetivos, comissionados e contratados, não receberam os salários do mês
de agosto e estão acampados no auditório da Câmara Municipal desde a
quinta-feira (22/09).
O servidor público Arnóbio Neto é um dos que estão se manifestando. "A
cidade está parada. O município vive disso, dos empregos públicos.
Ninguém tem dinheiro e estamos sem prefeito. No fim de setembro
completaremos dois meses sem salário", desabafou o funcionário.
A presidente da Câmara disse que já entrou com uma ação judicial para
tentar pagar os servidores mesmo sem assumir a prefeitura. Segundo ela, a
folha do mês de agosto girou em torno de R$ 498 mil, mais R$ 550 do
duodécimo da Câmara Municipal e R$ 108 mil do repasse para a
previdência.
"Não há dinheiro na conta corrente do pagamento da folha. Entramos na
Justiça para podermos retirar de outras contas, onde há dinheiro de
convênios, e pagarmos os funcionários. Nesta sexta, vou me pronunciar
aos funcionários na Câmara e explicar a situação", disse Maria do
Socorro.
O ex-vice-prefeito, Paulo Medeiros (PTdoB), conhecido como Paulo
Marchante, renunciou ao cargo no dia 13 de setembro. Segundo informações
da vereadora Maria do Socorro, ele alegou que não fazia mais parte do
grupo político de Renê Caroca e preferia deixar o cargo. Ele é candidato
a vice-prefeito na chapa de oposição, encabeçada pelo candidato a
prefeito Neto Gomes (PSB). O G1 entrou em contato com Paulo Medeiros, mas as ligações não foram atendidas até as 10h20.
Operação Veiculação
O prefeito de São José de Espinharas, Renê Caroca, foi preso durante a Operação Veiculação como suspeito de irregularidades em licitações e contratos públicos de locação de veículos. Além dele, foram presos o prefeiro de Emas, José William Segundo Madruga, e a chefe de gabinete da prefeitura de Patos, Ilanna Motta. A prefeita de Patos, Francisca Motta, foi afastada do cargo.
O prefeito de São José de Espinharas, Renê Caroca, foi preso durante a Operação Veiculação como suspeito de irregularidades em licitações e contratos públicos de locação de veículos. Além dele, foram presos o prefeiro de Emas, José William Segundo Madruga, e a chefe de gabinete da prefeitura de Patos, Ilanna Motta. A prefeita de Patos, Francisca Motta, foi afastada do cargo.
Com G1/PB
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