Em assembleia realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores em
Correios e Telégrafos da Paraíba, em João Pessoa, na noite desta
terça-feira (15/09), os servidores decidiram entrar em greve por tempo
indeterminado a partir desta quarta-feira (16), em todo o estado.
“A partir desta quarta passaremos
a fazer um trabalho de convencimento nas agências para que aqueles que
não participaram da assembleia possam aderir ao movimento, que é
nacional”, disse Emanuel, que também informou que serão feitas reuniões
diárias na sede do Sintect, sempre às 17h, para tratar sobre a
paralisação.
O representante do sindicato revelou que não existe a
obrigatoriedade de manter ofícios da empresa em funcionamento, visto
que não se caracterizam como serviços essenciais, mas nem tudo deve ser
paralisado. “Sabemos que geralmente 30% dos funcionários não participam
do movimento grevista, principalmente nas áreas administrativas”, contou
o secretário geral.
Ele revelou que, em média, 400 mil objetos
deixam de ser entregues diariamente no estado, quantia que soma, em
média, quatro toneladas.
“A categoria reivindica 12% de reposição
da inflação, aumento de R$ 300 no salário, vale-alimentação de R$ 40 e
vale-cesta, relativa a cesta básica, no valor de R$ 350”, explicou.
Emanuel
de Sousa disse que a direção nacional dos Correios não apresentou
reajustes como contraproposta, tendo recomendado R$ 150 de gratificação
de incentivo à produtividade em agosto e R$ 50 em janeiro, o que não é
aceito pela categoria.
O sindicalista também comentou sobre os cortes anunciados nessa segunda-feira (14) pelo governo federal, fato que afetou diretamente alguns movimentos de greve de servidores.
Conforme Emanuel, as medidas não têm tanto impacto sobre os
trabalhadores dos Correios, pois estes são regidos pelo regime
celetista. O único ponto de discordância é referente à ausência de
concursos federais em 2016, pois existiria a necessidade de novas
contratações.
Com Gustavo Medeiros/poralcorreio
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