quarta-feira, maio 27, 2015

Operação desarticula organização criminosa na extração da turmalina

 Uma operação conjunta entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) foi deflagrada na madrugada desta quarta-feira (27/05) com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que agia na extração ilegal da turmalina na Paraíba, uma das pedras preciosas mais valiosas do mundo. A ação acontece na Paraíba, no Rio Grande do Norte, Minas Gerais e São Paulo. Segundo a PF, um deputado estadual integra o esquema.
 Intitulada de Operação Sete Chaves, a ação conta com a participação de 130 policiais federais, de todo o Nordeste, que estão dando cumprimento simultâneo a 35 medidas judiciais, sendo 8 de prisão preventiva, 19 mandados de busca e apreensão e 8 de sequestro de bens. Os trabalhos estão sendo desenvolvidos nas cidades de João Pessoa, Monteiro, Salgadinho, Parelhas (RN), Natal (RN), Governador Valadades (MG) e São Paulo.
 De acordo com a PF, a organização criminosa é formada por diversos empresários e por um deputado, que ainda não teve o Estado identificado. O grupo se utilizava de uma intrigada rede de empresas off shore para suporte das operações bilionárias nas negociações com pedras preciosas e lavagem de dinheiro.
 Considerada uma das pedras mais caras do mundo, a turmalina Paraíba era retirada de São José da Batalha, um distrito do município de Salgadinho, na Paraíba e enviada à cidade de Parelhas, no Rio Grande do Norte, onde era esquentada com certificados de licença de exploração. De lá, as pedras seguiam para Governador Valadares em Minas Gerais para a comercialização em mercados do exterior como Bangkok, na Tailândia, Hong Kong, na China, Houston e Las Vegas, nos Estados Unidos.
 A polícia suspeita que um gigantesco volume dessas pedras já esteja nas mãos de joalheiros e de particulares no exterior. Uma única pedra de turmalina azul Paraíba pode chegar ao valor de R$ 3 milhões. O mercado clandestino da pedra pode tem gerado uma movimentação milionária de capital ilícito, no Brasil e no exterior.
 A operação contou com a colaboração de fiscais do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM e da Secretaria da Receita Federal. Todos os investigados responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, usurpação de patrimônio da União, organização criminosa, contrabando e evasão de divisas.
 Os detalhes da ação vão ser divulgados em uma entrevista coletiva no auditório da Superintendência Regional da Polícia Federal na Paraíba,em Cabedelo, às 10h30 desta quarta-feira.

Com Jornal da Paraíba

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