Da esquerda para direita: André, Irene, Manuel e Mateus |
Uma família residente há 22 anos no Angelim, zona rural de Bananeiras, no Brejo da Paraíba, está passando por dificuldades. Com alguns problemas de saúde, o casal Manuel Bento Salvador e Irene Matias Salvador não tem condições de trabalhar. Ele tem dois filhos especiais (surdos-mudos) talentosos na arte do desenho e são orgulho dos pais. Atualmente, a família sobrevive de doações.
A mãe dos adolescentes,
Mateus Matias Salvador, de 18 anos de idade, e André Matias Salvador, de 21
anos, se emociona quando fala da situação que vive hoje em dia. Ela disse que passa por muita
necessidade, mas sempre tem almas caridosas que se sensibilizam com
as dificuldades e a ajuda da forma como pode. Porém, a dona de casa nunca desanimou pela vida que leva, porque acha que Deus tem um propósito de vida para sua família.
Na casa dos bananeirenses, uma residência simples sem muito conforto e com pouquíssimos móveis, apenas há o necessário para viver como fogão já bem usado, mesa pequena,
camas, sofá de uso bem avançado e cadeiras (cinco), no entanto tudo muito limpo. Por outro lado, em se tratando de produtos da cesta básica quase não há para eles realizarem as três refeições do dia a dia.
Ao entrar na pequena residência se
impressiona com a grande quantidade de desenhos expostos no primeiro cômodo da casa e todos pendurados por um cordão na parte mais alta da parede, já bem próximo aos caibros.
Todos feitos por Mateus Matias. Outros, ele guarda com muito carinho em sacolas plásticas. Quem chega por lá, o garoto tem o prazer de
mostrá-los. A felicidade se ver expressivamente visível em seu rosto de suas criações.
A mãe dos jovens disse que desde criança que ambos
sempre gostaram de desenhar. Já aos seis anos de idade, o caçula começou rabiscar no chão e não parou mais. Papeis e lápis são todos adquiridos através de doações, porque a família não tem condições de comprá-los.
Quando não há o rapaz fica muito impaciente.
“Tentei colocá-los em uma escola especial, no entanto na época a prefeitura de Bananeiras (administração anterior) chegou ainda a nos levar à Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad), em João Pessoa, mas isso durou pouco tempo", esclareceu.
“Tentei colocá-los em uma escola especial, no entanto na época a prefeitura de Bananeiras (administração anterior) chegou ainda a nos levar à Fundação de Apoio ao Deficiente (Funad), em João Pessoa, mas isso durou pouco tempo", esclareceu.
Ela contou também que acordava às 4 h da
madrugada para ir com os filhos até o engenho de onde esperava o carro da
prefeitura para se deslocar até a fundação. Chegava por lá ás 8h e retornava por volta das 11h. Tinha dias que o veículo não aparecia e ela retornava pra casa com filhos.
Terminou a dona de casa não indo mais por falta de transporte.
Mesmo assim a mãe dos jovens não desistiu e os colocou na escola normal próxima de sua casa, no Grupo Municipal Antônio Coutinho de Medeiros. Eles ainda frequentaram por três anos. Nesse tempo, os adolescentes ficaram como ‘ouvintes’, já que a professora não tinha domínio da linguagem de surdo-mudo e tão pouco cujos garotos tinham conhecimentos. No entanto, o jovem de 18 de idade ainda aprendeu - não se sabe como, a escrever como se ver nos desenhos dele.
Mesmo assim a mãe dos jovens não desistiu e os colocou na escola normal próxima de sua casa, no Grupo Municipal Antônio Coutinho de Medeiros. Eles ainda frequentaram por três anos. Nesse tempo, os adolescentes ficaram como ‘ouvintes’, já que a professora não tinha domínio da linguagem de surdo-mudo e tão pouco cujos garotos tinham conhecimentos. No entanto, o jovem de 18 de idade ainda aprendeu - não se sabe como, a escrever como se ver nos desenhos dele.
Em um momento, Irene confessou que às vezes os
filhos pedem algo que ela não tem como dá-los. Eles não entendem a situação. “Um
deles chegou a mim pedir um tênis, coisa simples mas para a gente é muito difícil.
Ambos nunca chegaram a pôr um calçado nos pés. Outro dia tive de dividir ao meio a cortina de casa para fazer dois lenções pra eles", contou emocionada.
Mateus Matias |
Enquanto o marido dela, Manuel Bento, também tem problema de saúde. Há seis meses ele ficou depressivo. Segundo a própria mulher dele, foi após ele não conseguir liquidar uma dívida feita no comércio. "Ele chegou a mim dizer que a partir de agora agente ia tomar apenas água, porque não tinha dinheiro pra comprar o básico para se alimentar. Eu sempre digo pra ele que nunca podemos desanimar da vida, é preciso se agarra a Deus”, frisou.
A única renda da família é a aposentadoria do filho mais velho surdo-mudo, no entanto boa parte dele vai para a compra de remédios, que não são poucos. Nesse caso o que sobram para a alimentação e outras coisas básicas da casa são quase nada.
Foi através do agricultor Antônio Sidrônio, residente no Caruatá, próximo a Cachoeira do Roncar, zona rural de Borborema, cujo editor deste blog tomou conhecimento do caso. Ele sempre se reúne com a família e doa algumas cestas básicas.
“No último fim de semana (domingo) estive por lá com o agricultor e, que foi o nosso guia, a minha irmã (Janete) para conhecer aquela realidade de perto. Fiquei impressionado com o talento do rapaz com a facilidade de desenhar. Um autodidata. Só precisa agora de uma ajuda para desenvolver ainda mais esse dom”.
Em decorrência dessa situação, então resolvi fazer uma
campanha para arrecadar alimentos, roupas, material para desenhar - como folhas, que por ser cartolinas ou até mesmo apropriado, além de lápis de pintura, como coleção hidrocor.
Toda arrecadação pode ser deixado no comércio de Ricardo Targino, localizado á rua Presidente João Pessoa, em Pirpirituba. Para aquele que desejar contribuir em dinheiro é só fazer o depósito na agência da Caixa Econômica na conta:20919-6/ agência: 0042/ operação: 023, ao favorecido Gilvonildo Targino. Qualquer dúvida é só entrar em contato pelo fone: 88631137. Agradeço aqueles que contribuírem com esta causa nobre.
Toda arrecadação pode ser deixado no comércio de Ricardo Targino, localizado á rua Presidente João Pessoa, em Pirpirituba. Para aquele que desejar contribuir em dinheiro é só fazer o depósito na agência da Caixa Econômica na conta:20919-6/ agência: 0042/ operação: 023, ao favorecido Gilvonildo Targino. Qualquer dúvida é só entrar em contato pelo fone: 88631137. Agradeço aqueles que contribuírem com esta causa nobre.
Nossa q Surdo.
ResponderExcluireu quero conversar com vc