O ex-deputado estadual da Paraíba e ex-pastor da Igreja Universal Fausto Henrique Almeida de Oliveira, 42 anos, preso acusado de sequestrar e vender um bebê teresinense, concedeu uma entrevista coletiva em Teresina, no Piauí e afirmou que ajudou a mãe do bebê porque é uma “alma caridosa”.
O acusado disse à polícia que ofereceu a cesta básica e a quantia de R$ 70,00 para a mãe do bebê, Mires da Silva Lima, 23 anos, porque queria ajudá-la. "Ele disse que tem uma alma caridosa, que deu a cesta e a quantia em dinheiro por caridade, porque se sensibilizou com a situação de penúria da mãe", contou a delegada.
O chefe de investigação da DPCA, Joatan Gonçalves, afirmou que a polícia realiza buscas em João Pessoa, para encontrar Michele. Segundo o chefe de investigação, ela fugiu de Fortaleza levando consigo o bebê que foi roubado em Teresina.
“Ainda não achamos o bebê, mas já sabemos onde ele possivelmente deve estar. Talvez nem seja esse o nome verdadeiro dela. Mas sabemos que ela é da Paraíba”, disse.
A suposta intermediária estava negociando a troca do bebê por um apartamento em Recife e a quantia de R$ 4 mil.
Em depoimento, o ex-deputado confirmou que Michele era sua "paquera", mas em seguida disse que ela era apenas uma conhecida. Teria afirmado ainda que ela é casada com um oficial das Forças Armadas e que jamais a encontrou publicamente.
O ex-deputado negou participação no sequestro e na venda do bebê de um mês. "Ele alegou que foi procurado por Michele e ela disse que queria um bebê. Ele disse que a ajudou a encontrar, sem saber para que seria", contou a delegada da DPCA.
Além do ex-deputado e das três mulheres que estão detidas em Teresina, mais pessoas podem ser presas nas próximas horas. “A quadrilha é grande. Tem mais gente. Vamos divulgar ainda, mas não agora, para não atrapalhar as investigações, ressaltou Joatan Gonçalves.
Do Correio da Paraíba com Diário de Teresina e Cidade Verde
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