O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho é alvo de mandado de prisão
preventiva na sétima fase da Operação Calvário, que foi deflagrada na
manhã desta terça-feira (17)/12, na Paraíba. São cumpridos 54 mandados de
busca e apreensão e 17 mandados de prisão preventiva, nos estados da
Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Goiânia e Paraná. Além de
Ricardo Coutinho, as deputadas estaduais Cida Ramos e Estela Bezerra,
ambas do PSB, e a prefeita do Conde, Litoral Sul da Paraíba, Márcia
Lucena (PSB) também são alvos de mandado de prisão preventiva na
Operação Calvário - Juízo Final.
O objetivo da operação é combater uma organização criminosa atuante em
desvio de recursos públicos destinados aos serviços de saúde no Estado
da Paraíba, por meio de fraudes em procedimentos licitatórios e em
concurso público, corrupção e financiamento de campanhas de agentes
políticos, além do superfaturamento em equipamentos, serviços e
medicamentos.
A operação, realizada em conjunto com o o Grupo de Atuação Especial de
Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), Ministério Público Federal e
Controladoria-Geral da União (CGU), apura desvio de recursos públicos na
ordem de R$ 134,2 milhões, dos quais mais de R$ 120 milhões teriam sido
destinados a agentes políticos e às campanhas eleitorais de 2010, 2014 e
2018.
Segundo a Polícia Federal, foi constatado que um dos alvos da operação,
que ocupou cargo de alto escalão no executivo estadual, encontra-se
fora do país e, por isso, foi solicitada a inclusão do seu nome na
difusão vermelha da Interpol. No entanto, a PF não divulgou nomes.
Mandados de prisão preventiva
- Ricardo Vieira Coutinho
- Estelizabel Bezerra de Souza
- Márcia de Figueiredo Lucena Lira
- Waldson Dias de Souza
- Gilberto Carneiro da Gama
- Cláudia Luciana de Sousa Mascena Veras
- Coriolano Coutinho
- Bruno Miguel Teixeira de Avelar Pereira Caldas
- José Arthur Viana Teixeira
- Breno Dornelles Pahim Neto
- Fracisco das Chagas Ferreira
- Denise Krummenauer Pahim
- David Clemente Monteiro Correia
- Márcio Nogueira Vignoli
- Valdemar Ábila
- Vladimir dos Santos Neiva
- Hilario Ananias Queiroz Nogueira
De acordo com as investigações, organizações socias reuniram uma rede
de prestadores de serviços terceirizados e de fornecedores, com a
celebração de contratos com sobre-preço na gestão dos Hospitais de
Trauma, de Mamanguape e o Metropolitano em Santa Rita, os três na
Paraíba.
Conforme a Polícia Federal, com o objetivo de se proteger de uma
fiscalização do Tribunal de Contas do Estado da Paraíba, a organização
pagou reiteradamente vantagens indevidas, valendo-se de contratos de
“advocacia preventiva” ou contratos de “advocacia por êxito”, ocultando a
natureza, origem, disposição e movimentação dos valores.
A investigação ainda identificou o uso eleitoral dos serviços de saúde,
com direcionamento de atendimentos e fraude no concurso de pré-seleção
de pessoal do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa
Rita, no ano de 2018.
Os investigados irão responder, na medida de suas responsabilidades,
pelos crimes poderão responder pelos crimes previstos de organização
criminosa, fraude em licitação, corrupção passiva e ativa.
Por G1/PB
Por G1/PB
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