O ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse hoje (16/08) que o
cenário indica a possibilidade de que os recursos contingenciados das
universidades podem ser desbloqueados a partir de setembro. De acordo
com o ministro, a aprovação da reforma da Previdência cria um ambiente
favorável para a retomada da atividade econômica e, como consequência, o
aumento na arrecadação de impostos, o que aliviaria o caixa do governo,
permitindo descontingenciar os recursos.
“Desde o primeiro momento a gente falou que contingenciamento não era
corte, que a gente ia administrar uma crise herdada por governos
passados na boca do caixa e que a previsão era que, caso passasse a
reforma da Previdência, provavelmente já em setembro a gente teria um
descontingenciamento. Simplesmente eu tô mantendo tudo o que eu estou
falando há 120 dias”, disse Weintraub.
Parceria
A afirmação foi feita durante coletiva do Ministério da Educação
(MEC) para falar sobre o acordo com instituições de ensino superior de
Portugal, para que elas aceitem as notas do Exame Nacional do Ensino
Médio (Enem) como forma de seleção de estudantes brasileiros em seus
cursos de graduação.
Andifes
Nessa quinta-feira (15/08), o ministro se reuniu com reitores da
Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino
Superior (Andifes). Na ocasião, Weintraub acenou que o repasse no
orçamento das universidades e institutos federais começa a ser revertido
a partir do próximo mês.
Na ocasião, a Andifes disse que o ministro reconheceu que a situação
econômica do país exigiu um contingenciamento que limitou as ações no
MEC e nas universidades. “Mas disse também que a arrecadação melhor no
mês de agosto, junto com o recebimento de dividendos por parte do
governo federal, permitirá um desbloqueio a partir do mês de setembro”,
disse a Andifes em nota.
Bloqueio
Em março, o governo anunciou contingenciamento
no orçamento das universidades e institutos federais de educação no
montante de R$ 2 bilhões da verba prevista, o equivalente a 29,74% do
total do orçamento anual. Segundo o ministro, o bloqueio da verba foi
necessário devido à redução na previsão de crescimento do país este ano.
O Orçamento elaborado no ano passado previa um crescimento de 2,5% no
ano, o que já foi descartado pelo governo. Além disso, com o recuo da
atividade econômica no primeiro semestre, houve uma redução na
arrecadação.
Por Agencia Brasil
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