segunda-feira, julho 01, 2019

Cerimônia de canonização de Irmã Dulce será realizada em outubro no Vaticano


  Irmã Dulce, a primeira mulher nascida no Brasil que se tornará santa, será canonizada no dia 13 de outubro de 2019, em uma celebração presidida pelo Papa Francisco, no Vaticano, em Roma.
  A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (1º/07), em coletivas de imprensa que ocorreram em Roma, no Vaticano, e no Santuário Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, no Largo de Roma, em Salvador.
Além de Irmã Dulce, no mesmo dia, durante o Sínodo da Amazônia, serão canonizados outros quatro santos, segundo o Vaticano. Entre eles, está o cardeal inglês John Henry Newman, um dos principais intelectuais cristãos do século 19.
  Nascido em 1801, em Londres, Newman foi pastor anglicano, mas, ao longo de seus estudos, acabou se convertendo ao catolicismo. Tornou-se padre e um teólogo reconhecido internacionalmente. Sua obra foi amplamente citada no Concílio Vaticano II. Entre as principais estão "Ensaio sobre o Desenvolvimento da Doutrina Cristã". Ele foi beatificado em setembro de 2010, pelo Papa Bento XVI. 
 Coletiva em Salvador
  O arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger, e a superintendente das Obras Sociais Irmã Dulce, Maria Rita Pontes, e participaram da coletiva, em Salvador.
  “No dia seguinte à canonização [13 de outubro], no dia 14 de outubro, haverá uma missa na Igreja de Santo Antônio dos Portugueses [Roma], igreja do século XVII. Será a missa da Santíssima trindade agradecendo o dom de Irmã Dulce. E aqui em Salvador, a celebração será na Arena Fonte Nova, no dia 20 de outubro”, revelou o arcebispo.
Dom Murilo Krieger detalhou que a beata levará o nome santo de Santa Dulce dos Pobres e seu dia será celebrado sempre no dia 13 de agosto, a partir de 2020.
  O Vaticano anunciou a canonização de Irmã Dulce em maio deste ano, quando um segundo milagre atribuído à religiosa, também conhecida como “O Anjo bom da Bahia”, foi reconhecido por meio de decreto. 
  A pessoa agraciada pelo segundo milagre de Irmã Dulce reconhecido pelo Vaticano é um homem, que morava na Bahia, e foi curado após passar 14 anos cego. Ele participou da coletiva nesta segunda.
  O milagre teria ocorrido após o homem pedir a Irmã Dulce para interceder por ele, por conta de uma conjuntivite, pouco antes de dormir. Quando acordou, no dia seguinte, o homem havia melhorado da doença e voltado a enxergar, segundo a Arquidiocese de Salvador.
  O milagre intriga médicos, pois, mesmo após voltar a enxergar, os exames do homem apontam lesões que deveriam impedir que ele tivesse o sentido.
  Além desses dois milagres reconhecidos, mais de 10 mil outros relatos feitos por fiéis do mundo inteiro são armazenados pelas Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador. Há depoimentos de cura de câncer, superação de vício em drogas, conquista de emprego, solução de dívidas e problemas familiares, sobrevivência a acidentes graves.

Por G1/BA

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