A vereadora Marielle Franco (PSOL), de 38 anos, foi assassinada a tiros
por volta das 21h30m desta quarta-feira, na Rua Joaquim Palhares, no
Estácio, próximo à prefeitura do Rio. O motorista que estava com ela,
Anderson Pedro Gomes, também foi morto na ação. Eles estavam
acompanhados de uma assessora da vereadora, que foi atingida por
estilhaços e levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. A principal linha de investigação é a de execução.
Policiais militares informaram que um carro teria emparelhado com o
da vereadora, e os ocupantes abriram fogo, fugindo em seguida. De acordo
com a PM, a janela à direita no banco de trás, onde estava Marielle,
ficou completamente destruída.
Segundo investigadores da Delegacia de Homicídios (DH), os criminosos
não levaram nada de nenhum dos ocupantes do veículo. Pelo menos cinco
tiros teriam atingido a cabeça da vereadora.
O motorista estava como temporário, no lugar do funcionário oficial da vereadora, há dois meses. Ele tinha um filho de um ano.
Quase no mesmo horário, no Cachambi, o empresário Claudio Henrique Costa Pinto, de 43 anos, foi morto por bandidos na frente do filho de 5 anos.
Marielle tinha acabado de sair de um evento chamado "Jovens Negras
Movendo as Estruturas", realizado na Rua dos Inválidos, na Lapa, e
seguia para a sua casa na Tijuca. Ela foi a quinta vereadora mais votada do Rio nas eleições de 2016.
O deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL) foi um dos primeiros a
chegar ao local do crime. Segundo o deputado, não havia qualquer ameaça
contra ela.
Todas as características são de execução. Evidente que vamos aguardar
todas as conclusões da polícia, cabe à Polícia fazer a investigação, mas
a gente, evidentemente, não vai nesse momento aliviar isso. A gente
quer isso apurado. Não é por cada um de nós, é pelo Rio de Janeiro. Isso
é completamente inadmissível, uma pessoa cheia de vida, cheia de gás,
uma pessoa fundamental para o Rio de Janeiro, brutalmente assassinada.
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