Brasil e França voltaram a se encontrar no Stade de France,
palco da surra que os franceses aplicaram na final da Copa do Mundo de
1998. Dessa vez, o duelo foi meramente amistoso, mas a vitória
brasileira por 3 a 1 teve sabor especial para o técnico Dunga. Afinal,
no outro banco de reservas estava Didier Deschamps, que há 17 anos
capitaneou a equipe campeã do mundo e ergueu a taça da Fifa. Para os
brasileiros em geral, foi um troco leve contra o algoz também das Copas
do Mundo de 1986 e 2006 e da Copa das Confederações de 2001.
Imagem: Bruno Domingos/Mowa Press |
A
vitória mantém Dunga invicto nesta sua segunda passagem à frente da
seleção, com ótimos números: seis vitórias em seis jogos, 17 gols
marcados e dois gols sofridos. Algo que garante o mínimo de segurança
para encarar o primeiro desafio oficial, a Copa América que começa no
dia 11 de junho no Chile.
No início do jogo, porém, a
invencibilidade de Dunga parecia ameaçada. A França começou melhor e
usou a bola aérea, a mesma que custou ao Brasil o título de 98, para
levar perigo no início do jogo. O time da casa só não saiu na frente
mais cedo porque Jefferson fez excelente defesa em cabeçada à queima
roupa de Benzema, mais ou menos da posição em que Zidane abriu o caminho
para o título francês há 17 anos.
Quando o Brasil equilibrou o
jogo, inclusive com um chute perigoso de Neymar defendido por Mandanda, a
bola aérea francesa voltou a incomodar o Brasil. Dessa vez, aos 20
minutos, quem apareceu na área foi Varane, que ganhou a disputa com
Miranda e cabeceou para baixo, sem chance de defesa para Jefferson.
Embora aberta e bem jogada, a partida teve poucos lances de perigo
dos dois lados no primeiro tempo. A França assustou sempre que ergue a
bola na área, mas não voltou a exigir esforço de Jefferson. E o Brasil,
com bastante movimentação e velocidade, custou a chegar à área francesa.
Quando o fez, empatou o jogo aos 40 minutos. Oscar tabelou com Firmino,
ganhou a disputa com Sagna dentro da área e tocou de bico para empatar o
jogo.
O Brasil recomeçou o segundo tempo melhor, como havia
terminado o primeiro. E aproveitou a superioridade para virar o jogo aos
11 minutos. Neymar, que até então tinha aparecido pouco, recebeu passe
de Willian, invadiu a área pela esquerda e soltou uma bomba, quase sem
ângulo. Foi o 43º gol dele pela equipe brasileira, que o colocacam como
quinto maior artilheiro da história da seleção.
O gol fez a França
se lançar ao ataque e abriu a porteira. Antes de começar a pressionar
com a bola nos pés, porém, o Brasil mostrou força pelo alto no ataque,
embora frágil nas bolas aéreas defensivas. Após cobrança de escanteio,
Luiz Gustavo subiu para fechar a vitória brasileira.
Nos minutos
finais, o Brasil diminuiu o ímpeto ofensivo, mas manteve o controle da
partida, enquanto a França tentou sem sucesso diminuir o placar. Já os
dois treinadores aproveitaram para fazer experiências nas duas seleções.
Com IG
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