A crise no PSDB, envolvendo o senador Cícero Lucena, é mais intensa
do que se supõe. Depois que o senador Cássio Cunha Lima praticamente
fechou a indicação do ex-deputado e ex-senador Wilson Santiago para
compor sua chapa como candidato ao Senado, Cícero não esconde sua
indignação e já admite deixar o PSDB, e até abandonar a vida pública.
Cícero pode deixar a vida política |
Cícero
entende que é o candidato natural do partido, até por já ter o mandato
de senador. Lembra que, segundo todas as pesquisas até agora divulgadas,
ele está bem à frente de Santiago, “três por um”. Também acredita que
pode somar muito mais do que o petebista na chapa do PSDB. Por fim,
lamenta que esteja sendo descartado “pela terceira vez”.
A
primeira foi em 2002, quando ele era o nome da preferência para disputar o
Governo do Estado, inclusive com o apoio do então governador Zé
Maranhão, e seria praticamente candidato único. Mas, Cícero decidiu
recuar, a pedido de Ronaldo Cunha Lima, em favor de seu filho Cássio,
que foi candidato e derrotou Roberto Paulino.
A segunda, lembra Cícero, foi em 2010, quando foi estimulado por Cássio a percorrer o Estado
para consolidar sua candidatura ao Governo. Mas, após retornar de uma
viagem aos Estados Unidos, Cássio resolveu descartar sua candidatura e
emprestar seu apoiar a Ricardo Coutinho, na disputa contra Zé Maranhão.
Agora,
caso sua candidatura ao Senado seja descartada pelo PSDB, será a
terceira vez. Há poucos dias, Cícero confidenciou a amigos que vai
aguardar o desfecho dos entendimentos com o PTB e, se houver de fato a
aliança para Santiago ser o candidato a senador, ele vai avaliar a
possibilidade deixar o PSDB e até mesmo a vida pública.
E, nesse caso, pretende emitir um “manifesto à Paraíba”, detalhando as suas razões.
Com Helder Moura
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