domingo, novembro 10, 2013

Artesão vende obra de arte às margens de rodovia em Pirpirituba

Tininha na produção

 Transformar imagem de ave (garça-branca) em obra de arte. Esta foi a fórmula cujo  artesão e aposentado Aluísio Gomes de Rodrigues, de 60 anos de idade, conhecido como ‘Tininha’, residente à rua José Cruz, em Pirpirituba, cidade situada no Brejo paraibano, encontrou de ganhar um dinheirinho extra para sustentar a família. Peças de tamanhos variadas, elas são expostas de frente ao 'atelier' do artista, um casebre construído às margens da rodovia PB-073.
 Quem transita pela localidade, sentido Guarabira/Pirpirituba ou caso contrário, na mão direita da via não tem como deixar de perceber a ‘Barraca da Risada’, como definiu o artesão com um letreiro forte e bem chamativo na faixa da casa de alvenaria e com cobertura de palha de coqueiro. Nela também duas mesas e dois bancos de cimentos para acomodar os visitantes. Antes, Aluísio Gomes ficava numa tapera já na entrada da cidade, próximo ao Posto de Combustíveis ‘Caipira 5’.
 O gosto pela arte, conforme o artista, surgiu há alguns anos no município de Guarabira, Agreste paraibano, e desde então não parou mais. Cada peça ele demorar de cinco a seis dias para finalizá-la. De acordo com o aposentado, esse é tempo que leva para preencher a forma no formato de garça e também da secagem do produto nos diferentes tamanhos. “Eu levo de cinco a seis dias para fazer cada uma das peças, porque é preciso colocar na forma e esperar secar para depois moldar até chegar ao ponto final do trabalho”, esclareceu.  
 Cada peça finalizada, dependendo do tamanho, custa entorno de R$ 15 a R$ 40. Durante a semana, segundo tininha, chega a vender de sete a nove peças. “O ano passado, um prefeito da região do Brejo paraibano comprou 20 peças de garça em um só dia para serem colocadas na cidade. Ele viu o meu trabalho exposto ali, gostou e ainda me elogiou. Isso me deixa muito satisfeito em ter o meu trabalho reconhecido”, completou. 
 “Falta um incentivo maior do gestor municipal em valorizar o trabalho do artesão do município. O custo
em produzir cada peça dessas é alto. Em uma gestão anterior ainda se falou em dar incentivo ao artista local, mas depois caiu no esquecimento e desde então não se viu falar mais nada a respeito”, frisou. 
 Aluísio Gomes revelou que as peças de pequeno porte são as mais vendidas, por elas serem mais acessíveis de transportá-las em pequenos veículos. Isso não quer dizer que as outras não tenham saída. “Passo quase o dia todo aqui trabalhando, e aonde sempre aparecem amigos para jogarem conversa fora enquanto vou realizando o trabalho. E é assim que vou vivendo e de onde consigo um dinheiro extra para somar ao orçamente familiar”, finalizou.

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