O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de reajuste
salarial de 7,1% oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)
na tarde de ontem. A entidade afirma que a greve vai continuar. A
proposta apresentada pela Fenaban propunha reajuste dos salários de 7,1%
(aumento real de 0,97%), 7,5% para o piso salarial (ganho real de
1,34%) e de aumento de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e
Resultados (PLR), cuja fórmula de cálculo será mantida.
As negociações, que estavam interrompidas havia um mês, foram
retomadas ontem, no 16° dia da greve nacional. “Em nossa avaliação, a
proposta é insuficiente. Os índices oferecidos para o reajuste dos
salários, a correção do piso e para a distribuição na Participação nos
Lucros e Resultados são insuficientes para os bancários, ante os lucros
recordes que os funcionários construíram a duras penas”, disse o diretor
do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Otávio Ivson.
Na próxima segunda-feira, às 19h, no ginásio de esportes do Sindicato
dos Bancários haverá uma nova assembleia geral da categoria para
avaliação do movimento.
Pela proposta apresentada pela Fenaban, o piso dos bancários passaria
a R$ 1.632,93 e a PLR para, no mínimo, R$ 1.694 (limitada a R$
9.011,76). Segundo a Fenaban, dependendo do lucro do banco, a PLR de um
caixa, por exemplo, pode chegar a 3,5 salários.
Os trabalhadores deverão manter as reivindicações. Eles querem
correção de 11,93% dos salários (aumento real de 5%), piso salarial de
R$ 2.860,21 e PLR de três salários-base, mais parcela adicional fixa de
R$ 5.553,15. Os bancários também pedem valorização dos vales refeição e
alimentação (no valor de um salário mínimo, R$ 678) e melhores condições
de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.
Ontem, as agências do Bradesco e do Santander em João Pessoa foram
reabertas por força de interditos proibitórios. A Polícia Federal foi
acionada para proporcionar a reabertura. Segundo o sindicato dos
bancários, com a abertura das agências, a adesão à greve despencou para
81%, sendo 96% nos bancos públicos e 61% na rede privada.
Com Jornalsaparaiba
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