sábado, outubro 05, 2013

Bancários não aceitam reajuste salarial e continuam em greve

  O Comando Nacional dos Bancários rejeitou a proposta de reajuste salarial de 7,1% oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) na tarde de ontem. A entidade afirma que a greve vai continuar. A proposta apresentada pela Fenaban propunha reajuste dos salários de 7,1% (aumento real de 0,97%), 7,5% para o piso salarial (ganho real de 1,34%) e de aumento de 10% na parcela fixa da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), cuja fórmula de cálculo será mantida.
   As negociações, que estavam interrompidas havia um mês, foram retomadas ontem, no 16°  dia da greve nacional. “Em nossa avaliação, a proposta é insuficiente. Os índices oferecidos para o reajuste dos salários, a correção do piso e para a distribuição na Participação nos Lucros e Resultados são insuficientes para os bancários, ante os lucros recordes que os funcionários construíram a duras penas”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Otávio Ivson.
  Na próxima segunda-feira, às 19h, no ginásio de esportes do Sindicato dos Bancários haverá uma nova assembleia geral da categoria para avaliação do movimento.
  Pela proposta apresentada pela Fenaban, o piso dos bancários passaria a R$ 1.632,93 e a PLR para, no mínimo, R$ 1.694 (limitada a R$ 9.011,76). Segundo a Fenaban, dependendo do lucro do banco, a PLR de um caixa, por exemplo, pode chegar a 3,5 salários.
  Os trabalhadores deverão manter as reivindicações. Eles querem correção de 11,93% dos salários (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.860,21 e PLR de três salários-base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. Os bancários também pedem valorização dos vales refeição e alimentação (no valor de um salário mínimo, R$ 678) e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.
   Ontem, as agências do Bradesco e do Santander em João Pessoa foram reabertas por força de interditos proibitórios. A Polícia Federal foi acionada para proporcionar a reabertura. Segundo o sindicato dos bancários, com a abertura das agências, a adesão à greve despencou para 81%, sendo 96% nos bancos públicos e 61% na rede privada.

Com Jornalsaparaiba

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