Funcionários bancários da Paraíba paralisam suas atividades a partir da próxima semana. A decisão foi tomada em assembleia na noite de ontem (12). A categoria pede reajuste salarial de 11,93%, além de outras reivindicações. A greve começa por tempo indeterminado na próxima quinta-feira (19).
Na assembleia, realizada no Sindicato dos Bancários da Paraíba, a categoria rejeitou o reajuste de 6,1% sobre todas as verbas salariais proposta pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A decisão da paralisação foi acatada por unamidade.
A
categoria seguiu a orientação do Comando Nacional dos Bancários e também
considerou insuficiente a proposta dos bancos apresentada no dia 5 de setembro,
de 6,1% de reajuste sobre todas as verbas salariais, quando a categoria
profissional reivindicou 11,93% de reajuste, o que, segundo os bancários,
equivaleria à inflação mais 5% de ganho real.
Funcionários bancários voltam a se reunir em nova assembleia a ser realizada no dia 18 para organizar a paralisação.
Para o
presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, a decisão
dos bancários "foi a mais sensata diante da intransigência dos banqueiros,
que optaram pelo confronto em vez de resolverem o impasse na negociação".
Para o
presidente do Sindicato dos Bancários, "os lucros dos bancos são enormes e
mais do que confortáveis para que eles atendessem nossa pauta de
reivindicações, cujas verbas salariais são pagas apenas com as receitas de
tarifas sobre serviços".
Ele
adiantou que o Sindicato, agora, precisa mobilizar ainda mais a categoria.
"Vamos arrancar nossas conquistas na luta, como sempre aconteceu em greves
que são mais fortes a cada ano. Esperamos o apoio da sociedade, que também é
vítima da prepotência, da arrogância, da mesquinhez e da exploração dos bancos,
únicos culpados pela paralisação”, desabafou.
"São
práticas absurdas como essas que tornam o Brasil um dos 12 países com a pior
concentração de renda do mundo e a quarta pior na América Latina, ao mesmo
tempo em que ostenta o sexto lugar no ranking das maiores economias. A greve foi
deflagrada, mas ainda temos até a assembleia do dia 18 para analisarmos alguma
proposta decente que porventura os banqueiros nos façam, para evitarmos os
desgastes de mais uma greve que poderia ter sido evitada através da negociação,
como os bancários queriam.”, concluiu Marcos Henriques.
As principais reivindicações dos bancários:
● Reajuste salarial de 11,93% (aumento real de 5%);
● Piso salarial de R$ 2.860, 21;
● PLR de três salários mais R$ 5.553,15 fixos;
● Plano de Cargos e Salários para todos os bancários;
● Elevação para R$ 678 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, além da criação do 13º auxílio-refeição;
● Mais contratações, proteção contra demissões imotivadas e fim da rotatividade;
● Fim das metas abusivas e combate ao assédio moral;
● Mais segurança; prevenção contra assaltos e seqüestros.
● Igualdade de oportunidades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário