O delegado Fred Magalhães afirmou na manhã desta terça-feira (20) que o
laudo feito pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) no adolescente
de 17 anos que morreu durante uma luta informal de MMA, em Sobrado,
Zona da Mata paraibana, apontou asfixia por estrangulamento. De acordo
com o delegado, o adolescente desacordou durante uma 'gravata'. “No
momento em que ele desmaiou, os dois colegas achavam que se tratava de
uma brincadeira, já que de acordo com eles, a vítima sempre fazia
brincadeiras do tipo, e ficaram em cima do rapaz, causando a morte”,
acrescentou. O delegado recebeu o laudo há dez dias.
Os adolescentes suspeitos de causar a morte do jovem têm 14 anos cada
um, segundo a polícia. As investigações iniciais apontaram que há pelo
menos seis meses os rapazes se reuniam, sempre ao fim das tardes, para
brincar de MMA – uma luta que inclui técnicas de várias modalidades.
“Essa brincadeira – digamos assim – acontecia inclusive com o
consentimento do mais velho, que foi quem morreu”, disse o delegado. O
adolescente ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital
Regional de Sapé. Uma equipe médica tentou reanimá-lo, mas não conseguiu.
O delegado explicou que, com o laudo, finaliza o inquérito, que será
encaminhado ao Ministério Público. Fred Magalhães afirmou que, após
receber o inquérito, não viu necessidade de ouvir os adolescentes
novamente. “Nos depoimentos, todas as dúvidas que a polícia tinha foram
esclarecidas. Para a conclusão do inquérito, faltava apenas recebermos o
resultado do laudo. Vamos encaminhar o caso para o Ministério Público,
que decidirá o que vai fazer com os adolescentes”, pontuou Fred
Magalhães.
A morte do adolescente foi descoberta por um agente de investigação da
delegacia de Sobrado 'por acaso'. Segundo o delegado, o policial teve um
pico hipertensivo e foi levado para o Hospital Regional de Sapé. “Ao
passar por uma sala, se deparou com o corpo da vítima, um rapaz forte,
de aparência saudável, e perguntou a causa da morte a um dos
funcionários do hospital. Percebendo a gravidade do caso, dei início às
investigações”, relatou o delegado.
Fred Magalhães ressaltou que o hospital não comunicou o fato à polícia
porque o corpo da vítima não tinha sido levado ainda ao Serviço de
Verificação de Óbito (SOV). “Não há nada contra a conduta da unidade
hospitalar, mesmo que a morte tenha sido descoberta por acaso, por um
dos nossos agentes. Isso porque só após se submeter ao SOV e descoberto
morte violenta, o adolescente seria levado ao IPC e, assim, se chegar à
conclusão de que não se tratou de morte natural”.
Com G1/PB
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