Multidão se aglomerou de frente a Assembleia em protesto |
Integrantes de movimentos sociais e sindicalistas invadiram na manhã desta sexta-feira (10) a Assembleia Legislativa da Paraíba durante visita do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na confusão, os manifestantes entraram em confronto com os seguranças do Legislativo para ter acesso às três galerias do plenário, onde promoveram um "apitaço". Uma porta de vidro do parlamento estadual foi quebrada em meio ao tumulto.
As dezenas de pessoas que participaram da manifestação gritavam "Fora
Cunha" e exibiam cartazes com a mesma mensagem. Parte dos manifestantes
usavam camisetas do movimento LGBT, da Central Única dos Trabalhadores
(CUT) e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Porta da Assembleia foi quebrada; estilhaços de vidros ficaram pelo chão |
Contrários ao fato de Eduardo Cunha,
que é evangélico, já ter se posicionado contra a criminalização da
homofobia, o grupo protestava contra o preconceito em relação aos
homossexuais.
Eles também pediam o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto de lei que regulamenta a terceirização no país. O texto-base da proposta
que permitirá a terceirização de qualquer serviço e atividade foi
aprovado na última quarta (8) pela Câmara, mas os deputados ainda
precisam analisar destaques ao projeto (propostas de modificações ao
texto original) antes de a votação ser concluída.
Os gritos de protesto foram ouvidos no plenário durante o discurso
do deputado federal paraibano Hugo Motta (PMDB), que é presidente da CPI
da Petrobras na Câmara dos Deputados. "Os senhores não representam a
maioria do povo brasileiro", rebateu o deputado do PMDB, após ouvir
vaias e apitos.
Até então, Cunha não havia discursado. O presidente da Câmara
acompanhou a manifestação em silêncio no plenário da Assembleia. Diante
do tumulto, a sessão foi interrompida para que os dirigentes do
Legislativo negociassem a retirada dos manifestantes das galerias.
Retomada da sessão
Depois que a sessão foi reiniciada, os protestos tiveram continuidade no parlamento. Em seu discurso, o deputado Hugo Motta defendeu que a sessão da Câmara Itinerante fosse mantida, apesar das manifestações. "Eu me sinto, acima de tudo, na parcela da grande maioria dos paraibanos, que querem uma Paraíba e um Brasil mais justos", declarou o parlamentar.
Depois que a sessão foi reiniciada, os protestos tiveram continuidade no parlamento. Em seu discurso, o deputado Hugo Motta defendeu que a sessão da Câmara Itinerante fosse mantida, apesar das manifestações. "Eu me sinto, acima de tudo, na parcela da grande maioria dos paraibanos, que querem uma Paraíba e um Brasil mais justos", declarou o parlamentar.
No mezanino do plenário, os manifestantes fizeram barulho com apitos e
gritaram palavras de ordem para tentar interromper a sessão. Parte do
grupo forçou os vidros das galerias, o que acabou provocando nova
confusão com os seguranças que tentaram alertá-los sobre o risco de
acidentes.
Os seguranças advertiram que, se o vidro fosse quebrado, pessoas
poderiam cair no plenário, que fica abaixo das galerias. No entanto, os
manifestantes expulsaram os profissionais responsáveis pela proteção do
Legislativo. Logo após os seguranças deixarem o local, os manifestantes
pararam de bater no vidro.
O grupo, entretanto, colocou cartazes e pintou o vidro da galeria com
frases como "PM para Cunha" e "Não à homofobia". A entrada ao plenário
foi interditada em meio à sessão.
Da tribuna, o deputado estadual Gervásio Maia (PMDB) criticou os
manifestantes. “Eu quero dizer, e me escute quem quiser, mas não vim
aqui para badernar, para quebrar vidros. Isso não é manifestação, é
baixaria, e com baixaria não se discute democracia”, enfatizou.
Do lado de fora do prédio do Legislativo, manifestantes da CUT
protestavam em um carro de som. Os sindicalistas reivindicavam que Cunha
fosse embora da Paraíba porque é "persona non grata".
Com Diogo Almeida G1/PB
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