O ministro da
Educação, Cid Gomes, pretende discutir a possibilidade de tornar
públicas as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), liberando
ao público um banco de dados com mais de 70 mil questões de todas as
áreas. Com isso, a prova poderia ser feita por computador, aplicada em
terminais em todo o país.
Na sexta-feira (9/01), em Recife, ele comentou a
proposta, uma alternativa que simplificaria e manteria a confiabilidade
do exame. De acordo com o ministro, tornar público não faria o exame
mais fácil. Seria necessário ser “um gênio para memorizar todas as
questões”. A prática, segundo o Ministério da Educação (MEC), já ocorre
em outros países.
“Existe um esforço violento para fazer
com que 7 milhões de pessoas sentem para fazer uma prova e isso,
naturalmente, gera uma série de complicações”, disse. A intenção é que o
exame não ocorra apenas uma vez por ano, mas que o candidato possa se
inscrever e tenha um tempo para ir ao local de prova e fazê-la.
Não há prazo para colocar em prática o
novo modelo. Cid Gomes ainda vai debater a proposta com técnicos e
acadêmicos e com a sociedade, antes de apresentá-la para análise da
presidenta Dilma Rousseff.
O Enem é usado como forma de ingresso em
instituições públicas e de obter bolsas de estudo em instituições
particulares e financiamento estudantil, além de ser critério para o
programa de intercâmbio Ciência sem Fronteiras e ser usado para
certificar o ensino médio.
Em 2014, mais de 6,2 milhões de candidatos fizeram o Enem em mais de 1,7 mil cidades.
Com a Agência Brasil
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