A Folha de São Paulo, edição deste domingo (11/01), traz uma reportagem da jornalista Daniela Lima intitulada: "Kassab tenta atrair até três governadores para nova sigla". Nela, o nome do governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, é citada como um dos provável a deixar a atual sigla do PSB para ingressar na recriação do PL pelo ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD). Caso isso se confirme, pode mudar o cenário político na Paraíba e definir novos rumos para o futuro dos socialistas. Confira a matéria na integra logo a baixo:
Governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e o ministro Gilberto Kassab |
Aliados do ex-prefeito de São Paulo afirmam que ele estima atrair até 30 deputados federais para a nova sigla, além de dois a três governadores e senadores. Em conversas reservadas, Kassab e até dirigentes de legendas, mencionam a migração de pelo menos dois governadores ao novo PL: José Melo (Pros), do Amazonas, e Ricardo Coutinho (PSB), da Paraíba.
A operação colocou em alerta partidos de oposição e aliados da base governista. Se conseguir concretizar a fundação do PL com o sucesso que projeta nos bastidores, Kassab passará a comandar a segunda maior bancada do Congresso, desbancando o PMDB, que elegeu 66 federais. O PSD tem hoje 37 deputados. A desconfiança de que o projeto tem o aval do Planalto e da presidente Dilma Rousseff (PT) irritou peemedebistas, que veem nisso uma tentativa de diminuir a importância do partido nas votações do Congresso. A oposição, que já sofreu baixas quando Kassab saiu do DEM para criar o seu PSD há três anos e, em consequência, aderir ao governo, agora tenta evitar novas defecções.
PSB, DEM e PSDB estudam fazer uma consulta formal ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a legitimidade da criação do partido com vistas a uma posterior fusão. A oposição espera, com isso, constranger os que pretendem deixar suas legendas.
A antiga legenda foi extinta em 2006, após uma fusão com o Prona, lance que deu origem ao PR, do ex-deputado condenado no mensalão Valdemar da Costa Neto. Procurado, Kassab não quis falar sobre o assunto. Oficialmente, quem coordena a refundação do PL é um assessor do governo de Goiás, Cleovan Siqueira, de 62 anos.
Os dois militaram no antigo PL em 1989, quando a sigla lançou Guilherme Afif Domingos à Presidência. A antiga legenda foi extinta em 2006, após uma fusão com o Prona, lance que deu origem ao PR, do ex-deputado condenado no mensalão Valdemar da Costa Neto. “Em 2007 eu decidi refundar o partido, e desde então trabalho nisso”, diz Cleovan.
Em sete anos, ele calcula ter conseguido cerca de 85 mil das quase 500 mil assinaturas exigidas por lei para legitimar a criação de uma sigla. Kassab entrou no plano em 2014 e, em menos de um ano, incorporou quase 400 mil apoios. A expectativa é ter tudo pronto em fevereiro para fazer o pedido de registro na Justiça Eleitoral.
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