segunda-feira, novembro 19, 2018

Marcelo Piloto é expulso do Paraguai; ele já está no Brasil


  O traficante Marcelo Pinheiro Veiga, conhecido como Marcelo Piloto, foi expulso do Paraguai e já está no Brasil. Marcelo Piloto deixou o Paraguai em uma aeronave no início da manhã desta segunda-feira (19/11). Ele foi entregue à Polícia Federal de Foz do Iguaçu, no Paraná. O governo federal ainda não informou para que presídio ele será levado.
 O presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, o Marito, disse, em seu perfil no Twitter, que decidiu expulsar Marcelo Piloto, para que seu país "não seja terra de impunidade para ninguém".
  Em entrevista coletiva, Marito disse que não quis que Marcelo Piloto permanecesse em seu país por mais tempo, após tentativas de fuga abortadas:
 - Decidi expulsá-lo do país. Assumo os riscos, porque não queria mais que o processo estivesse na Justiça. Temos esta atribuição, e a utilizamos. Já foi o suficiente: quatro tentativas de fuga foram abortadas. Pedimos celeridade com toda nossas vozes e nossa força, e agradeço porque recebemos todo o apoio da Justiça. Mas já não quis lhe oferecer mais tempo por aqui.
 Piloto e seu advogado foram surpreendidos com a decisão das autoridades paraguaias.
 Segundo o jornal "ABC Color", o ministro Juan Ernesto Villamayor disse que o comissário Juan Ramón Agüero, chefe do Agrupamento Especializado, encabeçou a operação de traslado de Piloto até o Aeroporto Silvio Pettirossi.
 - Às 4h, a equipe se apresentou com cinco veículos no quartel, onde recebeu o preso.
 Segundo o jornal "ABC Color", o voo partiu do Grupo Aerotático da Força Aérea Paraguaia, em Luque. O traficante usava short, camiseta e chinelos.
 - Saiu pelo Grupo Aerotático, em uma operação com os militares (…) em um avião paraguaio, de forma muito sigilosa - confirmou Fernando Gallardo, administrador do Aeroporto Silvio Pettirossi.
 Do aeroporto, Piloto foi levado até o Aeroporto de Itaipu Binacional, onde era esperado por policiais civis e federais para levá-lo de avião para o Brasil .
 Assassinato de mulher dentro de quartel
 No sábado, Marcelo Piloto matou, dentro de uma cela no quartel da Polícia Nacional, onde estava preso desde dezembro, a jovem argentina Lidia Meza Burgos, de 18 anos, que o visitava pela segunda vez. O assassinato teve como objetivo impedir sua extradição para o Brasil.
 Segundo o Ministério Público do Paraguai, Lidia trabalhava como garota de programa e entrou no presídio de forma irregular. Ela ficou 40 minutos com Piloto e foi golpeada 16 vezes.

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