O ex-prefeito
de Itabaiana, Antônio Carlos Rodrigues de Melo Júnior (PMDB), e o
ex-tesoureiro do município, Luiz Moreira de Barros Filho, são alvos de
investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB). Na
manhã desta quinta-feira (20/07), a Polícia Civil cumpriu mandados de
busca de apreensão em residências dos ex-gestores de Itabaiana.
Entre os motivos para a investigação estão atraso no pagamento de
servidores da prefeitura e suspeita de desvio de verbas públicas.
O G1 tentou entrar em contato com os ex-gestores, mas eles não foram encontrados.
Os procedimentos são realizados de forma sigilosa, mas o MPPB confirmou
que vem recebendo denúncias de supostas práticas criminosas praticadas
pela antiga gestão municipal, sobretudo em razão do não pagamento dos
salários dos servidores públicos municipais e da realização de
transações bancárias nos últimos dias do mandato.
O dinheiro estaria saindo de contas da prefeitura, que estavam
bloqueadas por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB) e
por decisão judicial proferida pela 1ª Vara da Comarca de Itabaiana.
A promotora substituta de Itabaiana, Miriam Vasconcelos, informou ao G1
que boa parte dos procedimentos envolvem o não pagamento dos
servidores. “O prefeito estava em atrasando os pagamentos e foi feito um
acordo para que os pagamentos forram regularizados. Ele voltou a pagar,
mas depois da eleição, quando ele perdeu a campanha, os atrasos
voltaram”, disse.
Entre outras irregularidades, a investigação realizada pelo MPPB
constatou também que, com a posse do novo prefeito e da equipe, foi
verificada a ausência de diversos documentos públicos contábeis e
registros eletrônicos nas secretarias do município, isto é, os
computadores da prefeitura haviam sido violados e tiveram os HDs
retirados.
A promotora titular da 1ª vara da comarca de Itabaiana, Ana Carolina
Coutinho Ramalho Cavalcanti, ressaltou que o ex-prefeito de Itabaiana,
apesar de notificado por inúmeras vezes para comparecer até a Promotoria
de Justiça, “jamais prestou qualquer esclarecimento sobre os fatos
investigados, não demonstrando até o presente momento qualquer intenção
de colaborar com as investigações”.
Com G1/PB
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