Três pessoas foram presas em flagrante suspeitas de serem os responsáveis pelas sete mortes registradas durante uma rebelião no Centro Socioeducativo Lar do Garoto, em Lagoa Seca, no Agreste da Paraíba no sábado (3/06). Segundo delegado de homicídios Antônio Lopes, eles são todos maiores de 18 anos e estavam entre os reeducandos do local porque completaram a maioridade enquanto já cumpriam ali pena por homicídio cometido enquanto eram adolescentes. Além dos sete mortos, pelo menos dois ficaram feridos e 11 fugiram durante a rebelião.
O delegado diz que a autoria dos crimes foi
identificada a partir dos depoimentos de sobreviventes. "Vamos fazer
outros levantamento, não descartamos a participação de outras pessoas, mas as
testemunhas que nós ouvimos relataram a participação destes quatro", diz.
Segundo ele, os suspeitos negam o crime, mas "as testemunhas foram
bastante seguras e deram detalhes de como tudo aconteceu". Algumas delas,
inclusive, foram feitas reféns e também foram agredidas.
Cinco dos sete jovens mortos foram carbonizados ao
ficarem presos dentro de celas incendiadas. Os outros dois jovem começaram a
ser agredidos dentro das celas onde estavam e foram levados para o pátio da
instituição, onde foram mortos.
Segundo a
polícia, a fuga em massa aconteceu por volta das 2h30. Em seguida, grupos
rivais iniciaram uma briga dentro da unidade. Os internos atearam fogo em
colchões e móveis.
A delegada Ellen Maria, que também participa das
investigações, diz que as investigações apontam que o grupo teve a oportunidade
de fugir, mas priorizou matar os 'desafetos', calculando que daria tempo sair
da unidade depois. "Só que não deu tempo porque a polícia chegou no local
e evitou uma fuga maior", avalia.
Com G1/PB
Com G1/PB
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