Em um período de crise econômica, os repasses federais por meio do
Fundo de Participação dos Municípios (FPM) às cidades da Paraíba
cresceram 7,3% em 2016, conforme levantamento do Ministério da Fazenda.
De acordo com o portal do Tesouro Nacional, no ano passado foi repassado
um total de R$ 2.371.984.578,74. Em 2015, o repasse foi de R$
2.208.956.676,58, um acréscimo de aproximadamente R$ 169 milhões no
orçamento das prefeituras.
A cidade de João Pessoa
foi a que mais recebeu verbas provenientes do FPM. Em 2016, a capital
paraibana recebeu R$ 311 milhões de FPM, 7,7% a mais que do que havia
recebido em 2015, com R$ 288 milhões.Campina Grande (R$ 76 milhões), Santa Rita (R$ 37 milhões), Patos (R$ 33 milhões) e Bayeux (R$ 31 milhões) completam a lista dos cinco municípios que mais receberam dinheiro do FPM.
Em contrapartida, 137 cidades paraibanas, ou cerca de 61% dos
municípios paraibanos, receberam a cota mais baixa liberada pelo
Ministério da Fazenda em 2016, no valor de R$ 6,3 milhões. Em 2015, o
valor mínimo era de R$ 5,9 milhões.
O presidente da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba
(Famup), Tota Guedes, destaca que o custo de manutenção de um município,
por menor que ele seja, cresce acima do aumento percentual do FPM.
Tota Guedes diz que a maioria das cidades paraibanas têm o FPM como a
principal verba para manter os gastos. “O problema é que a maior parte
dos custos que os municípios têm aumentou acima dos 7%. Tem salário
mínimo, piso dos professores, gasolina para os carros da prefeitura,
outras enfrentam gastos com a seca. A nossa preocupação é justamente que
o custo para se manter uma prefeitura não é coberto pela principal
fonte de recurso”, avaliou.
Os outros repasses, como o Fundo de Desenvolvimento da Educação
(Fundeb), passam a ser de fundamental importância na manutenção dos
principais serviços sob a responsabilidade do executivo municipal.
Visando ao aumento da verba do Fundeb, proporcional ao número de alunos
matriculados, algumas cidades paraibanas anunciaram sorteio de prêmios entre os estudantes matriculados na rede municipal. Pirpirituba anunciou o sorteio de uma moto e Guarabira, bicicletas.
Apesar das outras "fontes de renda", Tota Guedes acredita que as
cidades necessitam de um FPM maior para que os gestores possam investir
com mais qualidade em áreas essenciais dos municípios. “Ao inaugurar um
hospital, por exemplo, você precisa contratar e tem que manter. Se o
repasse do Ministério da Saúde não for suficiente, é preciso usar o FPM
para custear. O dinheiro não vem suficiente desses outros repasses e o
município tem que tirar do FPM”, completou.
Com G1/PB
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