Estão abertas as inscrições para a 38ª edição da Olimpíada Brasileira
de Matemática (OBM), que busca encontrar talentos e contribuir para a
melhoria do ensino da disciplina no país, além de selecionar estudantes
para representar o Brasil em competições internacionais.
As escolas das redes pública e privada podem inscrever seus alunos e indicar o coordenador até o dia 31 de maio, pelo site www.obm.org.br.
A competição é aberta a estudantes do sexto ao nono ano do ensino
fundamental e do ensino médio, divididos em três níveis. Os estudantes
de graduação também podem participar, e, para esse grupo, a inscrição
vai até o dia 2 de setembro.
A olimpíada tem três fases: a
primeira etapa será no dia 17 de junho, a segunda em 16 de setembro e a
terceira nos dias 22 e 23 de outubro. Para o nível universitário são
duas fases, aplicadas nos mesmos dias da segunda e terceira etapas.
O
coordenador-geral da OBM, Carlos Gustavo Moreira, disse que a
competição é bem diferente da Olimpíada Brasileira de Matemática das
Escolas Públicas (Obmep), que chega a ter 18 milhões de participantes.
Além de ser menor, com cerca de 600 mil alunos, a OBM é mais antiga –
foi criada em 1979 –, é aberta à participação de qualquer escola e, por
selecionar estudantes para as competições internacionais, têm provas
mais difíceis na última fase.
Para Moreira, a OBM tem cumprido o
papel de estimular a curiosidade científica nos jovens, como ocorreu com
o matemático Artur Ávila, primeiro brasileiro vencedor da Medalha
Fields, considerada o Prêmio Nobel da matemática.
“O Artur Ávila
foi premiado na OBM desde muito jovem, foi para a olimpíada do Cone Sul,
ganhou medalha de ouro, depois na ibero-americana e na internacional,
onde ganhou medalha de ouro em 1995. Certamente, as olimpíadas tiveram
um papel importante para estimular o Artur a seguir carreira científica
na área de matemática e isso é verdade para vários dos jovens
matemáticos brasileiros em atividade.”
Ensino criativo
A
competição também tem entre seus objetivos estimular formas mais
criativas de ensinar matemática, segundo o coordenador. “A matemática em
geral poderia ser ensinada de um jeito muito mais estimulante para
muita gente. As olimpíadas podem ter esse papel também, de levar a
matemática interessante, divertida e criativa, mostrar que os alunos
podem descobrir e fazer matemática por conta própria desde muito cedo.”
No site
da OBM há materiais gratuitos para estudo, como videoaulas e provas
anteriores. Os estudantes também podem participar do programa Polos
Olímpicos de Treinamento Intensivo (Poti), por meio do site http://poti.impa.br/.
A
premiação dos medalhistas será feita na 20ª Semana Olímpica, em janeiro
de 2017, quando também começa o processo de seleção de estudantes para
as competições internacionais de matemática, como a Romanian Master in
Mathematics e as olimpíadas de matemática do Cone Sul, da Comunidade de
Países de Língua Portuguesa, Ibero-americana, Internacional,
Ibero-Americana Interuniversitária e a Competição Internacional de
Matemática para Estudantes Universitários.
A OBM é uma iniciativa
conjunta do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e
da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), com apoio dos ministérios
da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Com agenciabrasil
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