Mais de R$ 1 milhão de reais. Esse foi o montante doado por empresas
investigadas na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, para campanha
eleitoral de dois expoentes do “tucanato” no Estado da Paraíba.
Os contemplados foram o deputado federal mais votado no Estado, Pedro
Cunha Lima (PSDB) e seu pai, o senador Cássio Cunha Lima (PSDB), que em
2014, disputou o cargo de governador, mas acabou sendo derrotado no 2º
turno pelo candidato à reeleição, Ricardo Coutinho (PSB).
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| Pedro e Cássio |
Campeão de votos, Pedro, que disputou seu primeiro mandato e, até
então, fora o parentesco, era um anônimo na política, recebeu da empresa
Odebrech a singela doação de R$ 12.850 durante a campanha eleitoral de
2014.
Seu pai, o senador Cássio, por sua vez, foi melhor prestigiado e
emplacou a bagatela de R$ 1 milhão, doados por outras três empresas,
também investigadas pela Operação Lava Jato.
O senador paraibano tucano recebeu R$ 500 mil da Queiroz Galvao; R$
300 mil da OAS e R$ 200 mil da Andrade Gutierres, totalizando R$ 1
milhão.
Todas as empresas citadas como doadoras foram denunciadas pelo
doleiro Alberto Yousseff, acusado de ser o operador do esquema que
pagava propina a políticos e a partidos políticos.
Apesar do recebimento, até agora, apenas dois paraibanos foram
citados oficialmente na lista dos suspeitos de envolvimento no esquema,
são eles: Lindebergh Farias (PT) e Aguinaldo Ribeiro (PP). Os nomes da
lista estão ligados a pedidos de investigação feita pelo
procurador-geral da República Rodrigo Janot, com base em informações da
delação premiada do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras
Paulo Roberto da Costa.
Aguinaldo Ribeiro, no entanto, demonstrou tranquilidade, informou que
o processo que inclui o seu nome foi mandado arquivar, assim como os
que citavam os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Ciro Nogueira (PP-PI) e
Romero Jucá (PMDB-RR) e defendeu a investigação para o caso.
“O processo específico que cita o meu nome foi mandado arquivar pelo
Ministério Público Federal por absoluta falta de elementos enquanto que a
outra parte que não foi arquivada eu não tenho conhecimento sobre o
caso e irei aguardar o momento oportuno para me pronunciar, só adianto
que em 2010 eu era deputado estadual e nem era conhecido nacionalmente.
Todavia, prefiro aguardar o teor do inquérito, não tenho nada a temer e
acima de tudo defendo a investigação de todas as denúncias” declarou.
Com PB Agora

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