domingo, janeiro 04, 2015

Confusão em presídio deixa pelo menos seis detentos feridos na PB


  Pelo menos seis detentos da Penitenciária Modelo Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecida como Presídio do Roger, ficaram feridos após iniciarem um tumulto na unidade prisional que durou toda a tarde deste sábado (3) em João Pessoa. De acordo com informações do coordenador da pastoral carcerária, Marcilon da Silva, seis presos ficaram feridos e foram levados para o Hospital de Emergência e Trauma da capital. 
  A confusão teria começado nos pavilhões 2, 3 e 4, onde os presos quebraram as grades das celas. A polícia reforçou a segurança no entorno do presídio e tiros foram ouvidos do lado de fora da unidade. Muitos parentes dos presos buscavam por informações. Por volta das 15h20 (horário local) os dois primeiros feridos foram levados para o Hospital de Trauma em um veículo da escolta penitenciária. 
  Uma unidade de combate a incêndios do Corpo de Bombeiros foi deslocada para a penitenciária. Policiais da Força Tática e do Grupo Penitenciário de Operações Especiais (Gpoe) entraram na unidade prisional, mas até o momento nenhuma informação oficial sobre a confusão foi divulgada pelas autoridades responsáveis.
 Os parentes dos detentos só receberam notícias depois que o coordenador da pastoral carcerária chegou ao local. Segundo o coordenador não houve nenhuma morte. "Não houve óbito, dois já estão nos hospitais. Foram utilizadas balas de borracha, eles estavam quebrando as grades, aí para poder repreender precisaram atirar para eles não virem para o pátio grande, porque aí seria um grande problema", disse Marcilon da Silva.
  Até as 19h30 (horário local) a situação em frente ao Roger continuava tensa. Parentes de presos atearam fogo em uma pequena barricada no meio da rua, em protesto pela falta de informações. Os bombeiros foram informados de que colchões foram queimados e colocaram mangueiras para a parte de dentro do presídio. Houve o início de uma revista dentro do presídio, mas até as 19h30 (horário local) ainda havia resistência por parte de detentos nos pavilhões 2 e 3.
  A equipe de reportagem entrou em contato por telefone com o gerente do Sistema Penitenciário, Jardson Fonseca, e também com o diretor do presídio, José Langstein Formiga, mas as ligações não foram atendidas. Até as 19h30  a direção do presídio ainda não havia dado nenhuma informação sobre o motim na unidade.

Com Hebet Araújo

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